O Flamengo, sob a presidência de Bap, tomou a frente em diversos debates sobre melhorias para o futebol brasileiro, entre eles questões relacionadas a gramados, SAFs e outros temas. Contudo, nem todos os clubes parecem satisfeitos com as medidas propostas pelos cariocas, e um deles é o Grêmio, que respondeu nesta quinta-feira (18) por meio de seu CEO, Alex Leitão. O dirigente afirmou que o Rubro-Negro trabalha para transformar o futebol brasileiro “na Bundesliga”, o Campeonato Alemão, e deseja se tornar o Bayern de Munique.
“Eu acho que o presidente do Flamengo está fazendo o trabalho dele. Está olhando para o clube. No meu entendimento, o que o presidente do Flamengo quer é que o Brasileirão se transforme em uma Bundesliga, onde o Flamengo seja o Bayern de Munique. De cada dez campeonatos, ele vai ganhar nove. Isso é o que ele quer e é legítimo. Agora, os outros 19 clubes precisam se juntar e impedir que isso aconteça. O que a gente precisa fazer para que o Campeonato Brasileiro não se transforme em uma Bundesliga é que as diferenças sejam menores. A distribuição desses direitos precisa ser feita de uma forma um pouco mais consciente para todos os clubes. Isso é um trabalho de força política, de discussão sobre o que queremos para o futuro do futebol brasileiro”, disse o dirigente.
Por sua vez, o executivo afirmou que as pretensões do Flamengo são legítimas e não retira a razão dos dirigentes rubro-negros quando o assunto é a busca por melhorias para o futebol no Brasil, sobretudo pensando em seus próprios interesses. Assim como outros dirigentes já fizeram, ele mencionou as atitudes dos cariocas e ironizou a possibilidade de o clube agir de forma isolada.
“O Flamengo pode se recusar a participar disso? Pode. Não entro na bobagem de que o Flamengo vai jogar sozinho contra o sub-20, isso não vai acontecer, vai jogar o campeonato. Mas não estou falando de campo, estou falando de como você vende os seus direitos comerciais. Um clube indo ao mercado vender 19 jogos e outros 19 clubes indo ao mercado vender 361 jogos. Aí eu pergunto: você acha que um bloco de 361 partidas, que inclusive conta com os 19 jogos do outro, não tem uma força talvez até maior para diminuir um pouco essa distância? Isso passa por sentar e discutir o que queremos para o futebol brasileiro”, concluiu, em entrevista publicada no GZH.
Flamengo discorda de Libra
Grande parte desse embate ocorre porque o Flamengo não concorda com os critérios definidos pela Libra, entidade formada por Palmeiras, Bragantino, São Paulo, Santos, Atlético-MG, Bahia, Grêmio, Vitória, Remo, Paysandu, Volta Redonda, ABC, Guarani, Sampaio Corrêa, Brusque e o próprio Rubro-Negro. Diante disso, publicamente, já houve troca de farpas entre Bap e Leila Pereira, presidente do Palmeiras.
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