Nos últimos meses, o torcedor do Vasco passou a se preocupar com duas empresas estrangeiras até então desconhecidas: a seguradora americana A-CAP e o fundo inglês Leadenhall. Ambas estão envolvidas em um processo judicial que acusa a 777 Partners, ex-controladora do futebol do clube, de fraude.
A disputa legal está em andamento na Justiça dos EUA, com possíveis impactos futuros para o Vasco. Em julho, o juiz federal John Koeltl, de Nova York, concedeu uma liminar à Leadenhall, restringindo a 777 e a A-CAP de alienarem seus ativos sem aprovação judicial.
A liminar, que, embora restrinja as movimentações de ativos, não menciona diretamente a divisão da 777 responsável pelo futebol. Isso dá ao Vasco uma sensação de proteção quanto à gestão da SAF, atualmente sob a diretoria de Pedrinho.
Entenda melhor o caso que envolve o Vasco
O caso começou em maio de 2024, quando a Leadenhall processou a 777, acusando-a de usar garantias falsas para obter um empréstimo de US$ 350 milhões. A A-CAP também foi incluída no processo por alegadamente ter participado da fraude, já que a 777 deve mais de R$ 10 bilhões à seguradora.
O Vasco, por sua vez, está negociando a venda da SAF com a A-CAP, com a ação judicial suspensa por 90 dias. A disputa entre Leadenhall e A-CAP se concentra na prioridade sobre os ativos da 777, com a Leadenhall buscando recuperar o valor que emprestou à empresa de Josh Wander.
A questão principal é sobre quem ficaria com o dinheiro de uma eventual venda de ativos da 777: a A-CAP, principal credora, ou a Leadenhall. Enquanto isso, o Vasco continua monitorando a situação de perto, mantendo-se em contato com advogados da A-CAP nos EUA e no Brasil.
Em meio a isso, a Leadenhall acusa a 777 de usar um esquema de “expansão contínua”, adquirindo ativos para garantir mais dívidas que, eventualmente, não são pagas, como evidenciado pela tentativa fracassada de comprar o Everton, da Inglaterra.
A disputa segue, e o Vasco busca um novo investidor para a SAF, à medida que a situação da 777 Partners se complica.
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