Corinthians e Cuiabá vivem uma batalha nos bastidores, e o motivo é a negociação do volante Raniele para o Timão, ainda no início de 2024. O presidente do clube mato-grossense, Cristiano Dresch, voltou a afirmar que o clube paulista tem dívidas relacionadas à contratação do atleta.
“Da venda inicial, que tinha o valor de 2,5 milhões de euros, eles (Corinthians) pagaram a entrada de 800 mil euros, que só foi paga porque era vinculada à liberação do atleta. Tanto que o Raniele só foi inscrito na véspera do encerramento das inscrições do Paulistão. Eles quase não conseguiram pagar esses 800 mil euros”, disse o mandatário ao portal ge. Ele ainda completou:
“A segunda parcela, de 400 mil euros, venceu no dia 31 de julho deste ano. O contrato que fizemos previa que, caso a parcela não fosse paga no vencimento e nem após o prazo dado depois do vencimento — nós demos cinco dias de prazo —, as parcelas que estavam a vencer venceriam antecipadamente. E, sobre todo esse saldo vencido, haveria uma multa de 30%. A quantia original era em torno de R$ 13 milhões. Aí, tem a correção de 1% ao mês, mais o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), que mede a inflação. Hoje, dá quase R$ 600 mil só de juros”, resumiu o dirigente.
Segundo o presidente do Cuiabá, o valor da dívida atual é o seguinte:
- Valor original da venda: 2,5 milhões de euros;
- Pagamento da primeira parcela: 800 mil euros;
- Valor após o primeiro pagamento: 1,7 milhão de euros;
- Valor atual com acréscimo da multa de 30%: 2,210 milhões de euros (R$ 13,6 milhões).
Para finalizar, o dirigente não acredita que a dívida será quitada no cenário atual.
“A dívida está vencida desde 31 de julho, e desde 14 de agosto a multa e as parcelas tiveram vencimento antecipado. Desde então, a gente não recebeu nada e não vejo que vamos receber. Acho que só vamos receber isso quando o Corinthians for punido pelo transfer ban na CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas da CBF), o que pode levar de dois a três anos”, destacou o mandatário.
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Por fim, ele afirmou que o Corinthians o procurou para fechar um acordo, mas a proposta foi recusada
“O Corinthians nos procurou, tentou fazer um acordo, nos ofereceram a parcela vencida mais a parcela que venceria em outubro. Nós não aceitamos, exigimos que fosse pago todo o saldo. O Corinthians não pagou, e nós entramos com ação na CNRD. O Corinthians foi notificado e se manifestou reconhecendo a dívida. A única contestação do Corinthians na CNRD foi o vencimento antecipado das parcelas”, finalizou o dirigente.
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