O meio-campista Lucas Paquetá, do West Ham, foi punido com uma advertência e uma repreensão formal pela Comissão Reguladora independente da Federação Inglesa de Futebol (FA).
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O brasileiro foi considerado culpado de duas violações da Regra F3, por não cooperar totalmente com as investigações que apuravam seu suposto envolvimento com apostas esportivas — suspeita da qual, no entanto, foi absolvido em julho deste ano.
De acordo com o relatório divulgado nesta quinta-feira (31), Paquetá não respondeu a perguntas e não forneceu informações solicitadas pela FA nos dias 11 de setembro e 10 de novembro de 2023, durante o processo investigativo. O jogador havia negado as acusações de descumprimento, mas a comissão considerou as violações “comprovadas” após uma audiência formal.
Sanção leve e justificativas
A Comissão Reguladora afirmou que a punição inicial prevista seria uma multa financeira, mas a decisão foi atenuada devido a fatores circunstanciais. O colegiado levou em conta o desconhecimento jurídico de Paquetá, seu inglês limitado e o fato de o jogador ter seguido integralmente as orientações dos advogados do West Ham durante o processo.
Além disso, o órgão reconheceu que o impacto de uma multa seria desproporcional, sobretudo após o estresse causado por uma investigação que quase encerrou sua carreira. A comissão citou explicitamente a transferência frustrada de Paquetá para o Manchester City, que teria sido cancelada em razão das acusações.
“Reconhecemos que um elemento do estresse mental sofrido pelo jogador incluía a percepção de que, se as acusações fossem comprovadas, sua carreira no futebol quase certamente teria chegado ao fim”, destacou a Comissão Reguladora em seu relatório oficial.
FA não recorrerá da absolvição
A FA confirmou que não pretende recorrer da decisão que absolveu Paquetá de envolvimento com apostas esportivas. O brasileiro foi inocentado dessas acusações em julho, após a análise do mesmo comitê independente.
Segundo o documento, Paquetá colaborou amplamente em fases posteriores, fornecendo seu celular para perícia e participando de depoimentos adicionais, como o realizado em 15 de dezembro de 2023, em que respondeu a todas as perguntas pendentes.
A federação também admitiu que não demonstrou interesse em aprofundar o segundo depoimento do jogador, o que foi interpretado como um indício de que o foco principal da investigação havia sido superado.
Custos e considerações finais
No desfecho do caso, a FA foi condenada a arcar com 90% dos custos do processo, enquanto Paquetá será responsável pelos 10% restantes. O histórico disciplinar exemplar do atleta — sem registros de punições anteriores — também pesou a seu favor na definição da penalidade final.
Com o caso encerrado, Lucas Paquetá volta a ter sua situação 100% regularizada junto à federação inglesa, podendo seguir normalmente sua trajetória pelo West Ham e pela seleção brasileira, livre de qualquer suspensão.
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