A derrota para o Bahia, neste domingo, em Salvador, não trouxe apenas prejuízos na tabela do Campeonato Brasileiro.
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Um dos muros da sede do Flamengo, na Gávea, amanheceu pichado com críticas ao atacante Samuel Lino, alvo de insatisfação de parte da torcida após mais uma atuação apagada.
A pichação, registrada durante a noite, dizia: “$. Lino peladeiro” — o símbolo de cifrão substituiu a letra “S” do nome do jogador, em alusão ao valor de R$ 143 milhões desembolsado pelo clube para contratá-lo junto ao Atlético de Madrid, a transferência mais cara da história do Flamengo.
Poucas horas depois, já na madrugada, funcionários do clube foram vistos pintando o muro para apagar a frase.
Atuação abaixo do esperado e chance perdida
Em campo, Samuel Lino teve mais uma noite difícil. Ainda no primeiro tempo, quando o jogo estava empatado em 0 a 0, o atacante desperdiçou a melhor oportunidade do Flamengo ao ficar cara a cara com o goleiro Ronaldo, que fez a defesa.
Minutos depois, a expulsão de Danilo, aos 12 minutos de partida, obrigou o time a se reorganizar taticamente, com Lino assumindo maior responsabilidade defensiva.
Apesar de ter se esforçado para ajudar na recomposição, o atacante voltou a ser alvo de críticas nas redes sociais por erros em tomadas de decisão e pelo baixo número de finalizações.
Ele já havia sido questionado no empate com o Cruzeiro, na rodada anterior, acumulando dois jogos consecutivos abaixo do esperado.
Apoio do técnico
Após o confronto, Filipe Luís saiu em defesa do jogador e pediu calma aos torcedores:
“Difícil julgar o jogo de um jogador com um a menos desde os 15 minutos do primeiro tempo. Teve que ajudar muito o Ayrton na lateral e, claro, às vezes perde as forças para atacar. Mesmo assim, criou chances. Às vezes, a linha é muito fina entre fazer o gol e não fazer. Infelizmente, ele não fez. Confio muito nele, a gente sabe a qualidade e o quanto ele se esforça. Não dá para culpar. O time teve uma postura muito boa depois da expulsão”, afirmou o técnico.
Momento de oscilação para Samuel Lino
Samuel Lino, de 25 anos, começou sua trajetória no Flamengo empolgando a torcida com boas atuações e assistências decisivas.
Em 16 jogos pelo clube, soma dois gols e quatro assistências, mas vive um momento de oscilação técnica nas últimas rodadas.
Apesar das críticas, o atacante segue com prestígio dentro do elenco e da comissão técnica, que confiam em sua recuperação para a reta final do Brasileirão.
A pressão, no entanto, cresce fora de campo — e a pichação na Gávea reforça o clima de cobrança sobre o jogador mais caro da história rubro-negra.
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