Nesta sexta-feira (03), houve mais um episódio da disputa entre o Flamengo, representado pelo presidente BAP, e a Libra. A polêmica começou após a diretoria do clube carioca se manifestar sobre o bloqueio, obtido na Justiça, de parte dos pagamentos referentes aos direitos de TV do Campeonato Brasileiro. Em contrapartida, a entidade se defendeu, alegando que a regra está prevista em seu Estatuto, aprovado pelo próprio Flamengo “sem ressalvas”.
Outro ponto destacado pela nota da Libra foi a postura do Flamengo em levar o caso ao público, fomentando debates. A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, inclusive, se pronunciou na imprensa e classificou o clube carioca como “terraflamistas”.
Em comunicado oficial, a Libra rebateu as acusações do Flamengo:
“É falso que o Estatuto da Libra seja omisso sobre os critérios de distribuição de receitas de audiência. A regra de distribuição da receita negociada coletivamente pela Libra está descrita no Estatuto. Foi aprovada em Assembleia Geral, por unanimidade — inclusive pelo próprio Flamengo, e sem ressalvas. Portanto, também é falso que o clube não tenha concordado com a forma de determinação de audiência descrita no Estatuto da Libra.”
A entidade ainda listou os pontos que considera falsos e verdadeiros nas declarações do Flamengo:
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- É falso afirmar que o Flamengo deseja diálogo. Segundo a Libra, quem interrompeu as conversas foi o próprio clube, ao acionar a Justiça com uma liminar sem urgência, obstruindo o fluxo de caixa dos demais associados para pressioná-los economicamente, sem que estes sequer fossem ouvidos no processo.
- É falso que o Estatuto da Libra seja omisso quanto aos critérios de distribuição de receitas de audiência. O documento estabelece claramente a regra, que foi aprovada por unanimidade, inclusive pelo Flamengo.
- Cadastro não é audiência. A Libra afirma que é incorreto o Flamengo dizer que respeita a decisão dos demais clubes. Insatisfeito com o critério vigente, o clube propôs alterar a métrica de audiência para o número de cadastros de torcedores. A proposta foi rejeitada pelos demais oito clubes da Série A membros da Libra, sendo o Flamengo o único voto favorável. Para a entidade, recorrer à Justiça após a derrota em Assembleia caracteriza uma tentativa de “virada de mesa”.
- É falso que o Estatuto assegure um “valor mínimo garantido” em benefício do Flamengo. A Libra destaca que qualquer valor desse tipo só seria aplicável a todos os clubes caso a entidade viesse a organizar o Campeonato Brasileiro, o que atualmente é função da CBF.
- É falso que o Flamengo tenha votado contra as mudanças nas regras. Segundo a nota, o clube foi o único a propor a substituição do critério de audiência pelo de cadastros, rejeitada pelos demais.
- É falso que o Flamengo precisasse de uma liminar para evitar prejuízos. O contrato atual tem validade de cinco anos e prevê mais de R$ 6 bilhões em benefícios para todos os clubes, montante considerado suficiente para eventuais recomposições. A entidade sustenta que não havia risco de prejuízo ao Flamengo e que, se de fato houvesse interesse em dialogar, o clube teria recorrido a mediação ou arbitragem, e não a uma liminar “desnecessária”.
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