O empate por 1 a 1 com o Girona, na noite de domingo, ampliou a fase instável do Real Madrid e custou ao clube a liderança de La Liga. Agora, os comandados de Xabi Alonso estão um ponto atrás do Barcelona, após três rodadas consecutivas sem vencer no campeonato.
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A sequência negativa começou com o 0 a 0 fora de casa contra o Rayo Vallecano, seguiu com o 2 a 2 diante do Elche e culminou no tropeço mais recente. A última vitória merengue no torneio foi no dia 1º de novembro, contra o Valencia, no Santiago Bernabéu — e desde então a equipe vem acumulando viagens, já que o estádio recebeu um jogo da NFL no dia 16.
Apesar do triunfo apertado contra o Olympiacos pela Champions League na quarta-feira, o desempenho deixou dúvidas. Mesmo assim, Alonso adotou discurso prudente:
— É uma temporada longa, temos que seguir — afirmou o técnico. — Estivemos perto de virar o jogo. Precisamos manter a união, com autocrítica justa e necessária.
Dependência de Mbappé preocupa
No empate deste domingo, o único gol madridista veio de Kylian Mbappé, de pênalti. O francês, novo protagonista do time, já marcou 23 dos 41 gols da equipe na temporada, uma dependência que reacende discussões sobre equilíbrio ofensivo.
Vestiário dividido: ideias de Alonso ainda geram resistência
Nos bastidores, o clima está longe do ideal. Embora não haja ruptura no relacionamento entre os jogadores, há divisões claras sobre o trabalho de Xabi Alonso.
No fim de outubro, quando o time ainda liderava La Liga, já se falava em descontentamento com o estilo direto e algumas ideias táticas implementadas pelo treinador. Recentemente, a imprensa espanhola noticiou reuniões internas para alinhar divergências.
Após a vitória sobre o Olympiacos, Alonso tentou minimizar o contexto:
— Fico com as coisas positivas que aconteceram internamente — declarou.
Mbappé, Valverde e Camavinga foram alguns dos que vieram a público negar qualquer crise. No entanto, após o empate em Girona, nenhum jogador concedeu entrevistas, reforçando a sensação de desconforto.
Avaliação interna: problemas vão além do treinador
Fontes próximas ao clube, segundo o site The Athletic, admitem que a fase é preocupante. Um membro da comissão técnica classificou o momento como “muito difícil” e afirmou que o time está “jogando muito mal”.
Outro foi ainda mais direto ao comentar a atuação contra o Girona, então na zona de rebaixamento:
— Foi um desastre.
Segundo esses mesmos relatos, os recados de Alonso não têm chegado de forma clara ao elenco, mas há a percepção de que os problemas ultrapassam o papel do técnico.
Ainda segundo o The Athletic, um profissional que esteve em Valdebebas durante a última temporada ofereceu uma análise dura:
— O problema não é o Xabi. Mbappé, Vinicius Junior e Bellingham são incompatíveis; não dá para ter um time equilibrado com os três.
Outro indicativo do momento turbulento foi a reunião improvisada entre os jogadores antes do reinício da etapa final contra o Girona — algo que só ocorria antes dos jogos desde a chegada de Alonso.
Próximo desafio pode definir rumos
O Real Madrid volta a campo na quarta-feira contra o Athletic Bilbao, oitavo colocado, em San Mamés — um dos estádios mais complicados do país. A partida é considerada crucial não apenas pelos resultados, mas pela imagem transmitida pela equipe.
Sem Dani Carvajal, ainda lesionado, o clube espera avaliar se David Alaba, Asensio ou Huijsen terão condições de retornar.
Entre dúvidas sobre o sistema, desgaste acumulado e questionamentos internos, o Real encara sua primeira grande turbulência da era Xabi Alonso — justamente no momento em que mais precisa reencontrar desempenho, autoridade e confiança.
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