A 10 jogos do fim do Brasileirão, período que marcará o fechamento de São Januário para uma grande reforma, o Vasco ainda faz ajustes no projeto de renovação do estádio. Apesar disso, as mudanças tendem a ser sutis e serão apresentadas em breve à imprensa e aos torcedores.
O projeto principal é o mesmo que foi divulgado em novembro do ano passado pela gestão anterior de Jorge Salgado e desenvolvido pelo arquiteto Sérgio Dias, durante a administração de Alexandre Campello. As atuais alterações estão sendo discutidas por uma comissão composta por três grupos: o de Sérgio Dias, um escritório contratado pelo clube e um projeto desenvolvido por torcedores.
Até o primeiro semestre deste ano, o Vasco trabalhava com duas propostas. Uma delas era o projeto “Nosso São Januário”, apoiado pelo presidente Pedrinho durante sua campanha eleitoral. Esse grupo de torcedores chegou a desenvolver um plano que foi apresentado à Crefisa, que demonstrou interesse em adquirir os naming rights do estádio.
Após as eleições, a nova diretoria incentivou o avanço desse projeto, que passou por modificações antes de ser apresentado ao clube. No entanto, a proposta de Sérgio Dias ganhou mais força, já que vinha sendo desenvolvida internamente há anos. Pedrinho solicitou algumas alterações, como o aumento da capacidade e a preservação das arquibancadas, e incluiu o outro grupo nas discussões.
A comissão é formada pelos arquitetos Sérgio Dias (responsável pelo projeto principal), Fernando Costa (Cité Arquitetura, contratado pela diretoria de Pedrinho) e André Rodrigues (Nosso São Januário). A principal mudança no projeto foi o aumento da arquibancada inferior, com a expectativa de que mais de 70% do estádio não tenha cadeiras, o que o tornaria diferente da maioria das arenas modernas. Não se espera grandes alterações na parte externa. Sugestões como a criação de uma “geral” (setor popular) atrás de um dos gols e a construção de praças em vez de elevar muros ao redor do estádio não devem ser incorporadas. Também não será implementado um setor único atrás do gol na curva da Barreira, sem cadeiras ou camarotes.
Atualmente, o projeto está na fase de inclusão de matérias complementares, como gramado e laudos do Corpo de Bombeiros, com mais de 170 reuniões já realizadas para discutir esses pontos. O clube está em processo de contratação das empresas responsáveis por essa etapa.
Vasco vai analisar outras arenas
O Vasco tem analisado outras arenas no Brasil para possíveis ajustes no projeto. Representantes da comissão realizaram uma visita técnica à Arena MRV após o jogo contra o Atlético-MG, pela semifinal da Copa do Brasil, e também visitarão a Ligga Arena, do Athletico-PR, no próximo mês. Com a parte conceitual finalizada e aprovada, o Vasco apresentará novamente o projeto ao público.
Atualmente, as negociações para a venda do potencial construtivo estão em uma fase de estagnação. Embora o clube tenha avançado em um acordo, ele não se concretizou, e o Vasco continua em busca de recursos para iniciar a obra conforme planejado.
A diretoria não pretende realizar a reforma em etapas, com o plano de fechar São Januário após o término do Brasileirão e começar a demolição, com a conclusão da obra prevista para 2027, ano do centenário do estádio.
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