A Argentina vive um debate entre seu presidente e a Associação do Futebol Argentino (AFA) sobre a legalização das SADs (Sociedades Anônimas Desportivas). Um dos clubes que poderá ser beneficiado é o Estudiantes.
O aporte financeiro ao clube, tetracampeão da Libertadores, será de 120 milhões de dólares (cerca de R$ 650 milhões na cotação atual), vindo do empresário norte-americano Foster Gillett.
Diferentemente do Brasil, os times argentinos não podem se constituir como clubes-empresas, pois a lei não permite. No entanto, um decreto do presidente Javier Milei chegou perto de mudar essa situação no país. O caso, porém, é complexo e envolve a AFA.
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Na Argentina, ao contrário do Brasil, não existem leis para a constituição de SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol). O contexto do país é bastante distinto. Enquanto o River Plate ultrapassa a marca de 350 mil sócios, a segunda maior do mundo, outros clubes, inclusive os considerados menores, também têm números expressivos de associados.
Entenda o cenário na Argentina
Javier Milei, no entanto, quer mudar essa realidade e defende o investimento privado nos clubes de futebol. Em dezembro de 2023, o presidente publicou um decreto que prevê uma série de mudanças para impulsionar a economia argentina. No pacote, está incluída a alteração da Lei Geral de Sociedades, de 1984, para permitir que associações esportivas se transformem em Sociedades Anônimas, desde que dois terços dos associados aprovem.
Nesse cenário, o Estudiantes entra em cena. Juan Sebastián Verón, um dos grandes ídolos da história do clube, hoje está no comando como presidente. Conhecido como “La Brujita”, Verón é um opositor da AFA. O ex-jogador critica o formato do campeonato com mais de 20 equipes e faz duras cobranças em relação à arbitragem no país. Agora, ele também se posiciona ao lado de Milei em defesa do investimento externo.
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