A vitória do Palmeiras sobre o São Paulo, no último domingo (05), no estádio do Morumbis, pelo Brasileirão, parece não ter terminado dentro de campo. A disputa agora se estende às notas oficiais e publicações nas redes sociais. A diretoria alviverde demonstrou preocupação com o que classificou como uma “pressão descomunal que alguns clubes têm exercido publicamente, e também nos bastidores do futebol brasileiro, com o intuito de instaurar o caos”.
A manifestação do Palmeiras ocorre em resposta às reclamações do São Paulo após o clássico, principalmente em razão de um pênalti não marcado em Bobadilla, quando o placar estava 2 a 0 para o Tricolor, e de uma possível expulsão de Andreas Pereira após entrada forte em Marcos Antônio. Diante disso, o Verdão reagiu rapidamente e também utilizou as redes sociais para se defender.
“É demasiado cômodo creditar a uma decisão do árbitro – e somente a ela – uma virada épica, conquistada com o gosto do suor e três gols anotados em um intervalo de 19 minutos. Até porque também houve marcações da arbitragem desfavoráveis ao Palmeiras, como as não expulsões do meio-campista Bobadilla e do zagueiro Alan Franco, que desferiu uma cotovelada no rosto do atacante Ramón Sosa em um lance sonegado pelo VAR – e ignorado pelos hipócritas da ocasião”, diz um trecho da nota publicada pelo clube nesta segunda-feira (06).
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Por sua vez, a diretoria do São Paulo se defende e pede, em especial, o acesso ao diálogo da cabine do VAR no lance da penalidade não assinalada. O presidente Julio Casares solicitou a quebra de protocolo para que se saiba o teor da conversa entre árbitro e assistentes naquele momento. Confira parte da nota do mandatário tricolor:
São Paulo se defende
“Venho, mais uma vez, me manifestar a respeito dos lamentáveis fatos ocorridos no jogo contra o Palmeiras. Foram cinco vídeos claros em que a tecnologia entrou em campo, mas a falta de diálogo ou a omissão, ou ainda a falta de firmeza técnica do árbitro ou do árbitro de VAR, trouxeram prejuízo ao São Paulo.
O São Paulo poderia ter um pênalti claro a seu favor, além de atuar com um jogador a mais, como ocorreu em Fortaleza, onde dissemos que a expulsão do Rigoni foi merecida. Mas aqui, no Morumbis, o critério foi outro.
Neste momento, é hora de firmeza. Apoiei o presidente e continuo apoiando por sua juventude e boa intenção, mas existe um protocolo que impede a liberação dos áudios quando o VAR não chama o árbitro de campo ao monitor. Presidente, vamos quebrar o protocolo. Precisamos do áudio para compreender o que aconteceu.”
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