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Vale a Escrita: Marcelo Carvalho e a luta do futebol contra o racismo, denúncias e esperança por punições severas

Vale a Escrita: Marcelo Carvalho e a luta do futebol contra o racismo, denúncias e esperança por punições severas Vale a Escrita: Marcelo Carvalho e a luta do futebol contra o racismo, denúncias e esperança por punições severas
Foto: divulgação CBF

O esporte, principalmente o futebol, é a paixão dos brasileiros. Ele está associado à nossa cultura, à rotina diária e até a setores que o torcedor nem imagina, como a política e a religião. No entanto, infelizmente, o racismo também está presente nos acontecimentos dentro e fora de campo. Pensando nisso, o R10Score News, através do Vale a Escrita, conversou com Marcelo Carvalho, do Observatório Racial no Futebol.

Aqui, o comunicador relembra que também sonhou em ser jogador de futebol e explica os motivos que o levaram a criar o Observatório. E aumento dos casos de racismo, no Brasil, América do Sul, em geral, Espanha. E o que ele acha das campanhas, da mídia falando sobre o assunto, entre outros.

Marcelo: A minha carreira ou melhor, a minha história no futebol começa como torcedor apaixonado, sonhando desde criança em ser jogador. Mas cresci enfrentando as questões raciais que nos atravessam a vida inteira. Em determinado momento, não me tornei jogador e decidi estudar.

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Formei-me em Administração e também sonhava em trabalhar dentro de um clube de futebol. Foi aí que veio o choque de realidade: de fora, o futebol parece um esporte democrático, já que vemos muitas pessoas negras jogando. Só que, quando olhamos para a administração dos clubes, percebemos o retrato do racismo. Aos negros é permitido jogar, ser empregado, mas não estar no controle do futebol. Diante disso, resolvi criar o Observatório.

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O racismo no futebol cresceu muito ao longo dos anos. Antes, parecia existir uma certa “vergonha” por parte de quem cometia os atos, mas agora isso mudou. Os casos na Espanha e na América do Sul ilustram bem esse cenário. A ausência de uma lei concreta contribuiu para isso?

Marcelo: Quando a gente fala em crescimento do racismo, na verdade estamos falando do aumento das denúncias. O racismo no futebol sempre existiu e quase nunca foi combatido. O que vimos foram ações esporádicas quando estourava um grande caso. O futebol brasileiro nunca parou para tratar o racismo com a importância que ele merece.

A partir de 2014, com o Observatório entrando em ação e documentando os casos, começamos a perceber esse aumento das denúncias no futebol brasileiro. Depois, esse crescimento também se refletiu no futebol sul-americano e mundial, incluindo a Espanha. O racismo sempre esteve presente no futebol. A diferença é que hoje existem dados e, principalmente, um entendimento maior por parte dos jogadores.

E os jogadores, o que eles acham?

Marcelo: Muitos ex-atletas, quando você conversa com eles, dizem que o racismo sempre aconteceu, mas que entendiam que tudo o que ocorria em campo terminava ali inclusive o racismo. Hoje não é mais assim. Os jogadores entendem que racismo é crime e estão cada vez mais conscientes da importância de denunciar. O que vemos agora é a quebra do silêncio dos atletas, e isso explica o aumento das denúncias de racismo.

Vamos pegar como exemplo o caso de Luighi. Ele sofreu racismo, e o time da torcida que cometeu o ato foi punido apenas no torneio de base. Uma punição que, para o bolso do clube, não representa nada. Isso abre precedente para a continuidade dos crimes? Quem comete se sente à vontade para repetir?

Luighi, do Palmeiras, sofreu racismo da torcida do Cerro, em jogo da Libertadores Sub-20, no início deste ano. (Foto: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon)

Marcelo: Se a gente olhar o caso Luighi, ou mesmo o histórico do racismo no futebol, percebe que existem pouquíssimas notícias de punição. Mesmo quando acontecem, geralmente são brandas e quase sempre restritas ao bolso dos clubes. Temos muito mais registros de denúncias do que de punições.

Por exemplo: se houver 20 denúncias de racismo e todas resultarem em punições ainda que apenas financeiras esses 20 clubes começarão a agir para evitar novas penalidades. Mas não vão trabalhar para combater o racismo em si, e sim para não serem punidos. Isso já gera uma mudança de comportamento. Quando a gente diz que a punição é branda, estamos falando menos da sua gravidade e mais da sua raridade. O problema é que ela acontece de vez em quando, e não de forma frequente.

O que pode de fato interferir nos atos de racismo?

Marcelo: O que pode interferir é o posicionamento dos clubes de futebol. O que vemos é que há várias denúncias na Libertadores, na Conmebol, na Sul-Americana, mas pouca informação sobre punições. Isso faz com que os casos se repitam. Assim, fica no imaginário da sociedade que os episódios de racismo não são punidos dentro ou fora do futebol. Se os casos não são punidos, o torcedor se sente cada vez mais à vontade para ir ao estádio expressar esse racismo.

Muitas vezes, principalmente no continente sul-americano, o torcedor acredita que não é racismo, mas sim uma brincadeira, um folclore. Baseado nisso, temos a sensação de impunidade, e os torcedores acabam cometendo esses atos cada vez mais nos estádios, sobretudo na América do Sul.

No Brasil, em diversos campeonatos e até na Fifa, existem várias ações de combate ao racismo. No entanto, apenas palavras de incentivo não parecem motivar ou ajudar muito. Como você enxerga essas campanhas e o que elas realmente transmitem?

Marcelo: Nesse ponto das campanhas, talvez eu pense um pouco diferente, porque considero elas extremamente necessárias — mesmo aquelas que parecem apenas uma faixa em campo. A gente precisa lembrar que, até pouco tempo atrás, não se falava em racismo no futebol, não havia manifestações contra ele. Hoje, ainda que muitas vezes por obrigação, os clubes fazem alguma coisa. Estamos saindo do zero, e a minha esperança é avançar para um cenário melhor.

Essas campanhas podem parecer pouco relevantes, mas já mostram uma mudança. Alguns clubes não estão mais apenas na fase da faixa ou da camiseta, já avançaram. Por isso, eu digo: precisamos começar de algum jeito, e esse começo pode ser justamente uma faixa ou uma camiseta.

O problema é que temos poucas campanhas contínuas. O que existe são ações pontuais: em um jogo específico, um clube faz algo, e depois nada. O ideal seria ter campanhas permanentes, como acontece no Campeonato Inglês, em que há mensagens contra o racismo em todos os jogos nas camisetas, nas braçadeiras dos capitães, no sistema de som. Isso transmite à sociedade a mensagem de que o futebol está, de fato, preocupado com o tema.

Claro que, num segundo momento, é fundamental punir. A campanha sozinha não basta; é preciso mostrar que, além de falar, há ação. Mas hoje não temos praticamente nada. Raramente vemos uma faixa, uma frase no estádio, uma mensagem no sistema de som. O que mais ouvimos é o aviso “não arremesse objetos em campo”. Frases contra o racismo quase não aparecem. E é justamente por isso que precisamos dessas campanhas: porque o racista e também aquele que se diz “não racista”, mas se incomoda com as mensagens contra o racismo precisa ser confrontado.

Ainda nesse ponto, quando acontecem casos de racismo, o jornalismo brasileiro e esportivo sempre debate o tema, mas a maioria das bancadas é formada por pessoas brancas. Não é, no mínimo, curioso? Por que há ausência de pessoas pretas tanto nesse debate quanto em outros temas?

Marcelo: Quando acontecem casos de racismo, o debate costuma ocorrer em bancadas compostas, em sua maioria, por pessoas brancas. E pior: os tribunais de justiça desportiva, que julgam esses casos, também são formados majoritariamente por pessoas brancas.

Por isso, precisamos entender que não vamos combater o racismo apenas com punição. É fundamental punir, ainda mais diante do aumento das denúncias, mas também é necessário incluir pessoas pretas nos espaços de gestão e poder. Não faz sentido ter Tribunais de Justiça Desportiva estaduais e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva formados apenas por pessoas brancas. Onde estão as pessoas pretas?

Não se trata apenas de uma obrigação de representatividade. Trata-se também da necessidade de que pessoas brancas compreendam o que é racismo. O problema é que, muitas vezes, quem compõe esses tribunais sequer entende a gravidade do racismo.

E sobre o Marcelo: além do Observatório, o que você assiste, lê ou faz quando não está focado no trabalho? Fale um pouco sobre o Marcelo fora do Observatório, já que, quando aparece na imprensa, quase sempre é para falar de racismo.

Vale a Escrita: Marcelo Carvalho e a luta do futebol contra o racismo, denúncias e a esperança por punições severas
Marcelo abre o jogo sobre momentos livres com a família e seu filho. Foto: Arquivo pessoal

Marcelo: Tenho um pouco de dificuldade em falar sobre isso, porque hoje o Marcelo é um cara que lê bastante sobre racismo e busca acompanhar tudo o que acontece no futebol iniciativas das federações, novas leis, campanhas. O racismo me atravessa de várias formas, então minhas leituras quase sempre giram em torno desse tema. Mas não sou alguém que fala sobre isso o tempo todo quando não é demandado.

Como você disse, cada vez que apareço na televisão é para falar de racismo. No meu dia a dia, porém, nas rodas de amigos ou em família, não é um assunto que eu traga o tempo inteiro. Claro que aparece em algum momento, mas não é algo que eu faça questão de puxar sempre. Pelo contrário, até evito, porque, caso contrário, a cabeça não descansa.

Fora isso, sou uma pessoa muito ligada à família. Hoje tenho aprendido muito sobre a importância de estar com meu filho — e estar presente não é apenas fisicamente, mas também emocional e verdadeiramente.

Procuro participar do mundo do meu filho, das brincadeiras dele. Também tem essa questão: eu sou espírita e, mesmo não lendo o tempo todo, busco sempre estudar e acompanhar. Adoro futebol, então, mesmo quando não estou falando sobre o assunto, estou assistindo, torcendo para que não aconteça nenhum caso de racismo e eu possa simplesmente me divertir vendo um jogo na televisão.

Minha esposa até brinca: “Pô, você passa o domingo inteiro vendo futebol, da manhã até a noite”. E é verdade — gosto mesmo de assistir futebol. Acho que é isso.

Onde acompanhar o Observatório Racial

https://www.instagram.com/observatorioracialfutebol

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