Após dias de especulação, o vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, explicou o afastamento de Gabigol por duas partidas.
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Em entrevista ao ge, o dirigente revelou que a decisão foi motivada por atos de indisciplina do jogador no vestiário da final da Copa do Brasil, mas garantiu que o episódio não teve relação com as críticas públicas feitas pelo camisa 99 à diretoria ou com o anúncio de sua saída ao fim da temporada.
A decisão no vestiário e o afastamento
O ponto de ruptura aconteceu durante a final da Copa do Brasil, na Arena MRV, contra o São Paulo. Gabigol, insatisfeito com a substituição no intervalo, isolou-se, demonstrando irritação e resmungando sobre a decisão de Filipe Luís, então técnico interino. Braz, que presenciou a situação, optou por uma postura firme, afastando o jogador dos confrontos contra Atlético-MG e Cuiabá.
– O que aconteceu no vestiário ficará no vestiário. Presenciei um ou dois fatos que nos fizeram entender que era necessário um ajuste. O afastamento foi decidido por mim e comunicado ao Filipe Luís – explicou Braz.
O dirigente reforçou que a punição não foi uma resposta às declarações de Gabriel após a conquista da Copa do Brasil, mas sim uma medida administrativa pontual, alinhada ao histórico de gestão do futebol rubro-negro.
Esperança frustrada de permanência
Apesar do desgaste, Braz admitiu que tinha esperança de reverter a situação e manter Gabigol no Flamengo por mais tempo. Contudo, as declarações do atacante após a final tornaram o cenário insustentável.
– Sabíamos que seria complexo e que ambas as partes precisariam ceder. Tentei ajustar, mas não foi possível. O momento era de celebração por um título nacional importante, mas o jogador optou por se pronunciar. Respeitamos isso, mas acredito que poderia ter sido evitado – ponderou Braz.
Despedida planejada e legado histórico
Com a relação entre jogador e dirigente ajustada após uma conversa franca, o Flamengo agora trabalha para encerrar o ciclo de Gabigol da melhor forma. O clube planeja uma despedida à altura da trajetória do atacante, com homenagens nos jogos contra Internacional, no dia 1º de dezembro, e Vitória, no dia 8, ambos no Maracanã.
– A celebração será no Rio de Janeiro, como ele e o clube desejam. Precisamos reconhecer sua importância na história do Flamengo. Gabigol foi decisivo em conquistas grandiosas e deixou uma marca que será lembrada para sempre – destacou Braz.
Gabigol encerra sua passagem como o maior vencedor da história do Flamengo, ao lado de ícones como Zico, Júnior, Arrascaeta e Bruno Henrique. Em 304 partidas, o atacante marcou 160 gols, tornando-se o sexto maior artilheiro do clube.
Mudanças à vista no Flamengo
Além de Gabigol, Marcos Braz também deixará o Flamengo ao término da gestão de Rodolfo Landim. O dirigente, peça central nos últimos anos, avaliou as críticas recebidas e a complexidade de equilibrar disciplina e protagonismo no futebol.
– No Brasil, qualquer atitude de um dirigente é interpretada de várias formas: se você é duro, dizem que é ego; se cede, dizem que passou a mão na cabeça. Faz parte, mas seguimos com a consciência tranquila – concluiu.
Com o fim de um ciclo marcante, tanto para Gabigol quanto para Braz, o Flamengo se prepara para uma nova era, buscando renovar-se enquanto celebra o legado de sua geração mais vitoriosa.
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