Bruno Henrique, atacante do Flamengo, será julgado nesta quinta-feira (04), a partir das 9h, na sede do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro, acusado de ter forçado um cartão amarelo para beneficiar apostadores em partida contra o Santos, no Mané Garrincha, pelo Brasileirão de 2023.
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Caso seja considerado culpado, o camisa 27 pode ser suspenso por um longo período e virar desfalque importante para o Rubro-Negro.
Investigação da Polícia Federal e denúncia
Em abril deste ano, a Polícia Federal indiciou Bruno Henrique por fraude esportiva, com base no artigo 200 da Lei Geral do Esporte. O dispositivo prevê pena de dois a seis anos de reclusão para quem fraudar, de qualquer forma, o resultado de competições esportivas.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apresentou denúncia aceita pela Justiça do DF, que ainda julgará o caso na esfera criminal.
Além do atacante, também são investigados o irmão do jogador, Wander Nunes Pinto Júnior, sua esposa, Ludymilla Araújo Lima, a prima Poliana Ester Nunes Cardoso e os amigos Andryl Sales Nascimento dos Reis, Claudinei Vitor Mosquete Bassan e Douglas Ribeiro Pina Barcelos. No entanto, Ludymilla e Poliana não foram incluídas no processo esportivo.
Origem das suspeitas
A investigação começou em agosto de 2023 e, em novembro, resultou em operação de busca e apreensão. Conversas extraídas do celular de Wander teriam revelado que Bruno Henrique comunicou ao irmão que tomaria um cartão amarelo no duelo contra o Santos, quando estava pendurado.
Na ocasião, familiares e amigos próximos apostaram valores expressivos no cartão do atacante, o que chamou a atenção de casas de apostas. O episódio levou a Polícia Federal a aprofundar a apuração e, posteriormente, ao indiciamento.
Situação no Flamengo
Apesar do caso, o atacante seguiu jogando normalmente pelo Flamengo, amparado pelo princípio da presunção de inocência. Na semana passada, marcou um dos gols na goleada por 8 a 0 sobre o Vitória e também entrou em campo no empate contra o Grêmio, no último domingo.
O clube não tem partidas marcadas até o dia 14 de setembro, devido à pausa da Data Fifa, mas o futuro do camisa 27 pode ser definido antes disso no tribunal.
Possíveis punições
O STJD havia arquivado a denúncia em novembro do ano passado, mas reabriu o processo após surgirem novos elementos na Justiça Comum.
Bruno Henrique foi enquadrado em diversos artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): 243, §1º; 243-A, parágrafo único; 184; e 191, III. Também responde com base no artigo 65, II, III e V, do Regulamento Geral de Competições da CBF de 2023.
As penas possíveis variam de 360 a 720 dias de suspensão, de 12 a 24 jogos de gancho, além de multas que vão de R$ 100 a R$ 100 mil. Se condenado, o atacante pode ficar até dois anos afastado dos gramados.
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