O ano era 2007, e o boxeador Pedro Lima brilhava ao conquistar a medalha de ouro no Pan-Americano sediado no Rio de Janeiro. Ele derrotou o americano Demetrius Andrade na categoria meio-médio, alcançando uma vitória histórica para a modalidade, que não ocorria havia 44 anos.
Em entrevista ao ge, da Globo, Pedro compartilhou detalhes de sua rotina e trajetória após o ouro no Pan. Atualmente, ele vive de bicos em Salvador.
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“Foi um dos momentos mais difíceis da minha vida. Tinha o sonho de participar dos Jogos Olímpicos, mas não consegui. Fiquei abatido e pensei em parar de lutar. Não desisti por causa da força que minha esposa me deu. Ela me abraçou e disse que a vida não é feita só de vitórias. Eu continuei e fui campeão várias vezes”, relatou o boxeador.
No entanto, fora dos ringues, Pedro enfrentou um golpe ainda maior com a perda da esposa, que faleceu de câncer há pouco mais de um mês.
“Depois que me aposentei, não digo que minha vida está ruim; fome não passo. Sempre fui trabalhador, sempre batalhei. Mas, de todas as perdas, o que mais me dói é a da minha mulher. Essa é a dor principal. Eu daria tudo — título, casa, a minha vida — para tê-la aqui comigo. Não desejo isso a ninguém. Desde que ela se foi, só estou de pé por causa dos meus dois filhos. Se não fosse por eles, já teria me entregado”, desabafou Pedro.
“Quando dá 17h, eu chego em casa e não a encontro me esperando. É uma dor tão grande que, desculpe dizer isso, tem vinte dias que só consigo dormir bêbado. Não consigo pegar no sono porque só penso nela. Não estou com depressão; estou vivendo um momento difícil que sei que, uma hora, vai passar”, concluiu o campeão.
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