Eleições na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estão oficialmente marcadas para o próximo dia 25 de maio. A convocação foi feita por Fernando Sarney, interventor nomeado pela Justiça, e reacendeu movimentações políticas intensas nos bastidores.
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A expectativa é de que, pela primeira vez desde 1989, o pleito tenha mais de uma candidatura, rompendo décadas de aclamações unânimes.
Dois blocos em formação
De um lado está o grupo formado por 19 federações estaduais, que assinaram um manifesto conjunto na última quinta-feira. O nome que desponta com mais força é o de Samir Xaud, presidente eleito da Federação Roraimense de Futebol. Apesar disso, há resistência por parte dos clubes, que veem pouca relevância nacional em sua federação. Outro nome cotado é o de Felipe Feijó, presidente da Federação Alagoana de Futebol e filho do ex-vice da CBF, Gustavo Feijó.
O grupo tenta ampliar sua base de apoio, conversando com pelo menos três outras federações. No entanto, a Federação do Mato Grosso do Sul, que havia assinado o manifesto, recuou e anunciou que fará uma escolha independente.
Do outro lado, um bloco liderado por Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, começa a se organizar. Ele é apoiado por outras sete federações que não assinaram o manifesto: Bahia, Pernambuco, Espírito Santo, Minas Gerais, Tocantins, Amapá e Mato Grosso. Reinaldo tenta atrair o apoio de clubes da Série A e B, explorando o desgaste político de Ednaldo Rodrigues.
Carneiro Bastos já havia se colocado como pré-candidato no fim de 2023, quando Ednaldo foi temporariamente afastado, mas não houve eleição após seu retorno ao cargo.
Regras e composição do colégio eleitoral
A votação da CBF é feita por 27 federações estaduais (com peso 3 no voto), 20 clubes da Série A (peso 2) e 20 clubes da Série B (peso 1), somando 141 votos possíveis. Se as 19 federações permanecerem unidas, seu candidato parte com 57 votos.
Cada chapa precisa do apoio formal de ao menos quatro federações e quatro clubes. O prazo final para registro das candidaturas é a próxima terça-feira, dia 14.
Fernando Sarney nega candidatura para CBF
Interventor nomeado pela Justiça, Fernando Sarney avisou em reunião com dirigentes nesta sexta-feira (10) que não será candidato. Ele afirmou que seu papel é apenas conduzir o processo eleitoral e que permanecerá no cargo apenas até a posse do novo presidente.
Sarney chegou cedo à sede da CBF, conversou com funcionários e reforçou que seu objetivo era realizar a eleição o mais rápido possível — o que foi confirmado à tarde com a convocação oficial da Assembleia.
Enquanto isso, os clubes ainda discutem posicionamentos. A Liga Forte União se reúne neste sábado (11), no Rio de Janeiro, com presença de dirigentes como Marcelo Paz, CEO do Fortaleza. Já os clubes da Libra se encontraram nesta sexta-feira e também trataram do cenário eleitoral da CBF.
Judiciário ainda pode interferir no processo
Paralelamente às articulações políticas, Ednaldo Rodrigues tenta judicialmente reverter sua saída do cargo. Um recurso foi apresentado ao STF na quinta-feira (9), tentando anular seu afastamento.
Além disso, o Supremo deve julgar em plenário no dia 28 de maio uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que questiona a validade do acordo firmado entre a CBF e o Ministério Público do Rio de Janeiro — o mesmo TAC que possibilitou o retorno de Ednaldo no fim de 2023.
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