Um relatório interno elaborado pela diretoria do Vasco revelou que, durante os 21 meses de gestão da 777 Partners, apenas 18% dos valores devidos em negociações de transferências, aquisição de direitos econômicos, luvas e comissões a empresários foram efetivamente pagos.
O documento, entregue recentemente ao presidente Pedrinho, evidencia problemas financeiros significativos no período em que a empresa norte-americana esteve à frente da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube, de agosto de 2022 a maio de 2024.
Período de inadimplência
No intervalo em questão, o Vasco realizou 35 contratações de jogadores, acumulando compromissos futuros, como parcelas a serem pagas aos clubes de origem e valores previstos em contratos, como luvas e bônus. O relatório destacou que a gestão da 777 honrou apenas uma fração desses compromissos até maio de 2024, quando uma liminar da Justiça do Rio de Janeiro devolveu o controle da SAF ao clube associativo.
No momento em que Pedrinho assumiu a presidência, o Vasco acumulava uma dívida de R$ 51,2 milhões com clubes por transferências não quitadas e mais R$ 5,4 milhões em luvas e bônus atrasados com jogadores do elenco. Apesar disso, salários e direitos de imagem estavam regularizados.
Prioridades da nova gestão
A partir de maio, a nova diretoria priorizou regularizar pendências urgentes para evitar sanções esportivas, como o transferban, que poderia impedir o clube de registrar novos jogadores. Um dos primeiros esforços foi a quitação de uma dívida de R$ 3,5 milhões com o Nacional, referente à contratação de Puma Rodríguez.
Outros casos também receberam atenção imediata, como o pagamento de R$ 988 mil em luvas ao meia Payet, cuja situação foi resolvida. Contudo, ainda há pendências com atletas fora dos planos ou já negociados, como o atacante Serginho, que tem R$ 900 mil a receber, além de uma comissão de 10% do contrato que deveria ter sido paga ao seu empresário.
Estratégias do Vasco para lidar com o passivo
A diretoria do Vasco está adotando uma postura de renegociação ativa com clubes e empresários, buscando estender prazos e firmar novos acordos para viabilizar a quitação das dívidas. Apesar dos esforços, o caminho para sanar o passivo herdado ainda é longo.
O levantamento não contabiliza valores que venceram a partir de maio de 2024, focando apenas nas dívidas acumuladas até a saída da 777 Partners.
A situação financeira reforça os desafios enfrentados pela gestão Pedrinho para reestruturar o clube e estabilizar suas contas, ao mesmo tempo em que busca garantir competitividade dentro de campo.
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