Abatido e com respostas curtas, Gabriel Milito encarou uma das últimas coletivas do ano após o vice-campeonato da Conmebol Libertadores. O técnico do Atlético-MG, que já havia amargado outro vice na temporada, viu seu time atravessar o maior jejum de vitórias do clube em mais de 30 anos, com 11 partidas sem vencer. Um contraste marcante com a fase promissora que marcou sua chegada ao Galo.
Quando assumiu o comando, Milito encantou. O Atlético-MG jogava um futebol envolvente, de construção desde a defesa e forte protagonismo. Foram 12 jogos de invencibilidade, um título estadual e a sensação de que o time estava no caminho certo para retomar sua força. No entanto, a sequência positiva foi interrompida por uma série de adversidades.
Do encanto à instabilidade
Lesões, desfalques em datas Fifa e dificuldades até para preencher o banco de reservas fragilizaram o elenco. Derrotas duras para Vitória, Palmeiras e Flamengo, além de um empate frustrante com o próprio Atlético-MG, minaram a confiança do grupo e evidenciaram os problemas do time.
A instabilidade parecia ter ficado para trás com a reviravolta na Copa do Brasil, quando o Galo venceu o São Paulo e emendou uma nova sequência invicta de cinco partidas. No entanto, o ano já tinha uma narrativa clara: um Atlético competitivo nas competições de mata-mata, mas frágil no Campeonato Brasileiro.
Futebol menos encantador
Diante das circunstâncias, Milito foi obrigado a adaptar o estilo de jogo. O time que antes encantava passou a atuar de forma mais pragmática, priorizando a segurança defensiva. Exceções pontuais, como as vitórias sobre Fluminense e River Plate na Libertadores, mostraram lampejos do futebol vistoso do início. Mas, no geral, o Galo passou a sofrer com graves dificuldades na criação de jogadas.
Essa deficiência ficou evidente na final da Libertadores. Mesmo com um jogador a mais e o domínio da posse de bola, o Atlético não conseguiu ser efetivo, mostrando-se inoperante no ataque.
Impacto no planejamento do Atlético-MG para 2025
A frustração pelo vice na Libertadores e a campanha irregular no Brasileirão trazem incertezas para 2025. Sem a vaga na principal competição continental, o Atlético terá que se contentar com o Campeonato Mineiro, o Brasileirão e, possivelmente, a Copa Sul-Americana, para a qual está se classificando.
A ausência na Libertadores afeta diretamente o planejamento financeiro e esportivo do clube. A Sociedade Anônima do Futebol (SAF), que vinha planejando um investimento mais robusto, terá que reavaliar suas estratégias. Mudanças no elenco são inevitáveis, e a expectativa dos torcedores, que vislumbravam uma temporada de conquistas, precisará ser ajustada.
Respaldo e pressão
Apesar do fim de ano melancólico, Gabriel Milito conta com o respaldo dos dirigentes da SAF e do departamento de futebol. Ele seguirá no comando da equipe em 2025, mas a pressão será grande. A próxima temporada será um teste definitivo para o treinador, que precisará não apenas ajustar os problemas evidentes de 2024, mas também resgatar a confiança do elenco, da torcida e devolver ao Atlético-MG o protagonismo que todos esperam.
O ano terminou com feridas que precisarão de tempo para cicatrizar. No entanto, o futuro do Galo dependerá da capacidade de Milito e da diretoria em transformar frustrações em motivação para reescrever a história na próxima temporada.
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