Criada em 2002, a Copa Sul-Americana consolidou-se como a segunda competição de clubes mais importante do continente, atrás apenas da tradicional Libertadores. No entanto, a história de torneios continentais “secundários” na América do Sul é bem mais antiga.
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A ideia de organizar uma competição alternativa à Libertadores surgiu ainda na década de 1970, quando foram disputadas edições esporádicas de torneios como a Copa Simón Bolívar. Já entre o fim dos anos 1980 e início dos 90, a Conmebol deu um passo mais concreto ao criar a Copa Conmebol, que mais tarde deu lugar à Copa Mercosul, embriões da atual Sul-Americana.
A mudança definitiva ocorreu em 2002, quando a Conmebol lançou oficialmente a Copa Sul-Americana nos moldes atuais, reunindo clubes de todo o continente em formato semelhante ao da Libertadores. Naquele ano de estreia, o Brasil não enviou representantes — a CBF alegou problemas de calendário. Desde então, porém, a participação brasileira tem sido constante, e o país se tornou protagonista na história do torneio.
Brasil cresce e vira força na Sul-Americana
Embora tenha demorado a dar importância à Sul-Americana, o Brasil passou a investir no torneio nos últimos anos — e colheu resultados. Das últimas quatro finais, todas tiveram ao menos um clube brasileiro, e nas últimas dez edições, apenas duas semifinais ocorreram sem representantes do país.
Com cinco conquistas no total, o Brasil é o segundo maior campeão do torneio, atrás apenas da Argentina, que soma dez títulos. Os campeões brasileiros são: Athletico Paranaense (2018 e 2021), São Paulo (2012), Internacional (2008) e Chapecoense (2016).
O último título brasileiro foi conquistado pelo Athletico, em 2021, quando derrotou o Bragantino na final, em Montevidéu.
Brasileiros com mais participações na Sul-Americana
Desde que estrearam no torneio, os clubes brasileiros acumularam dezenas de participações, com destaque para o São Paulo, recordista nacional. Confira a lista dos times do Brasil que mais vezes disputaram a competição:
Clube | Participações | Títulos |
---|---|---|
São Paulo | 14 | 1 (2012) |
Fluminense | 11 | – |
Corinthians | 10 | – |
Athletico | 9 | 2 (2018 e 2021) |
Atlético-MG | 9 | – |
Botafogo | 9 | – |
Goiás | 9 | – |
Santos | 9 | – |
Internacional | 8 | 1 (2008) |
Bahia | 8 | – |
Vasco | 8 | – |
Cruzeiro | 8 | – |
Grêmio | 7 | – |
Flamengo | 6 | – |
Vitória | 6 | – |
Coritiba | 5 | – |
Palmeiras | 5 | – |
Sport | 5 | – |
Chapecoense | 4 | 1 (2016) |
Figueirense | 4 | – |
Atlético-GO | 3 | – |
Ceará | 3 | – |
Ponte Preta | 3 | – |
Cuiabá | 3 | – |
Fortaleza | 3 | – |
Bragantino | 3 | – |
Criciúma | 2 | – |
Paraná | 2 | – |
São Caetano | 2 | – |
Juventude | 1 | – |
Avaí | 1 | – |
Grêmio Barueri | 1 | – |
Náutico | 1 | – |
Portuguesa | 1 | – |
Joinville | 1 | – |
Brasília | 1 | – |
Santa Cruz | 1 | – |
América-MG | 1 | – |
Campanhas marcantes e frustrações
Entre os brasileiros, além dos títulos, alguns clubes tiveram campanhas de destaque, mesmo sem levantar o troféu. O Fluminense, por exemplo, chegou à final em 2009, mas foi derrotado pela LDU, do Equador. A lembrança amarga inclui a goleada sofrida na altitude de Quito (5 a 1) e uma vitória insuficiente por 3 a 0 no Maracanã.
O Corinthians, por sua vez, disputará a competição em 2025 pela 10ª vez, após ser eliminado na fase preliminar da Libertadores. Nas duas últimas edições, chegou às semifinais, mas acabou eliminado.
Com o aumento da competitividade e valorização da Sul-Americana, os clubes brasileiros têm olhado para o torneio como uma chance real de conquistar títulos continentais e vagas na Libertadores, além de ganhar relevância internacional. A expectativa é que, em 2025, essa tendência se mantenha — e que mais taças possam vir para o futebol do Brasil.
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