O quinto Vale a Escrita, do R10Score News, está no ar, e recebemos a brilhante jornalista Carol Barcellos. Com anos de TV Globo, onde foi repórter, apresentadora e esteve nos maiores desafios do mundo no Planeta Extremo. Atualmente, mudou de ares, e aqui ela destaca sua carreira, comunicação em geral e revela detalhes sobre diversos assuntos. Além de falar sobre seu time de coração.
Carol Barcellos, aliás, começa falando sobre o convite para fazer o Planeta Extremo. E afirma que foi um dos maiores projetos de sua vida.
Jornada no Planeta Extremo
R: “O Planeta Extremo foi uma oportunidade. Não foi iniciativa minha, foi um convite. Foi logo quando eu voltei de licença-maternidade. A Juju tava com 10 meses e vieram com esse projeto. Na primeira proposta, não seria direto o Planeta Extremo. Eu faria primeiro algumas reportagens que já teriam essa característica de participar do desafio esportivo para contar a história. Uma delas foi a maratona do Polo Norte, que foi muito marcante na minha carreira. E depois da maratona do Polo Norte, veio esse convite para o Planeta Extremo, para dividir, para fazer a parceria com o Clayton. Foi, sem dúvida, um dos projetos mais importantes da minha carreira. E acabou sendo da minha vida pessoal também. Porque nós somos todos muito amigos até hoje, éramos uma equipe de 10 pessoas, e a gente até hoje tem essa parceria. São pessoas com quem eu conto, pessoas com quem eu aprendi muito.
Eu fiz uma expedição de trenó na Lapônia, escalei uma sequóia de quase 100 metros… Tive a chance de mergulhar numa caverna no interior da China, de fazer outra maratona na Amazônia, no Atacama.
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São experiências que são muito especiais, eram grandes histórias, uma baita chance como jornalista de poder contar aquelas histórias de lugares incríveis, com um material que era muito bem feito, porque é uma equipe muito especial. Então, foi um dos grandes projetos da minha vida, que eu guardo com o maior carinho, assim, e tenho ótimas lembranças”
Criação da ONG Destemidas
Carol Barcellos é a criadora da ONG Destemidas, e a mesma completou oito anos. Aqui, a comunicadora destaca a importância do projeto e como ele surgiu.
R: “Sobre as Destemidas, a origem era uma reportagem também. Eu fui para Boston fazer uma matéria na maratona de Boston, com a Catherine Switzer, que foi a primeira mulher a correr a maratona de Boston. Até legal depois, se ele puder dar uma olhada nessa história — até coloquei um trecho dessa matéria há pouco tempo no Instagram — e é uma história muito marcante, que fez parte da conquista dos direitos das mulheres, principalmente no esporte, mas não só no esporte. E, ao fim da entrevista dela, ela sabia que eu já tinha… que eu tinha uma relação também de praticar o esporte, que eu não era… que ia além de ser jornalista esportiva.
E ao fim da entrevista, ela virou pra mim e falou que tinham falado pra ela que eu já tinha feito maratonas e tal, e ela falou: “Olha, você deveria devolver pro esporte o que o esporte já te deu.” E realmente, sim, o esporte vai muito além do meu trabalho. Tudo o que trouxe à minha vida — de aprendizado, de oportunidade, de vivência, de experiência… E quando eu voltei, eu fiquei com isso na cabeça, né? Porque eu já tinha esse desejo também de ter um… de fazer um trabalho social.

E eu procurei o pessoal do Luta pela Paz. Tinham me falado que era um trabalho de referência. Passei um ano tentando aprender com eles, trabalhar. E daí surgiu uma grande parceria que eu tenho com eles até hoje. As Destemidas não somos uma ONG… já temos oito anos de projeto, e é um projeto que tem a corrida no centro, né? Mas a corrida… não sei se a palavra “pretexto” vai, mas é como se fosse assim: a corrida é o elo de todo mundo ali, sabe? Mas é pra gente fazer movimentos que vão muito além do esporte.
Então a gente hoje tem as rodas de conversa, tem atendimento de psicóloga, tem pessoas que cuidam das crianças para as meninas, mulheres, treinarem. A gente tem toda uma estrutura que a gente dá para elas — que, obviamente, a gente ainda quer crescer, e muito — mas, se for perguntar, o esporte do projeto é a corrida. É a corrida. Muitas delas chegaram lá sem correr 5 km, hoje estão fazendo meia maratona. Mas é muito para ter a corrida como esse elo de ligação, para formar uma rede de apoio, para trabalhar autonomia“.
Em relação ao jornalismo em geral, Carol passou quase 20 anos na Globo e trocou de ambiente. E um dos locais em que ela foi atuar na CazéTV durante o Campeonato Paulista. Por outro lado, fez uma análise atual sobre a comunicação e as redes sociais.
R: “Sobre a saída da TV Globo, era o momento de mudança pra mim. Eu queria experimentar novos formatos, tocar os meus próprios projetos, colocar a minha energia ali em projetos que eu gostaria de ver por aí, sabe? E chegou o momento de ter também uma mídia alternativa. Que é o espaço que a gente criou no “Muito Além do Esporte”, o videocast que eu apresento ao lado da Maria Clara Salgado. Vamos falar do esporte, sim, mas vamos falar de uma forma que não está sendo falada. Vamos levar além. Vamos mostrar como o esporte é educador e como tem tanto do que acontece ali que dá muita riqueza para a gente — para falar, para refletir. E a gente está fazendo isso com encontros, grandes encontros, que estão sendo promovidos no Muito Além do Esporte. A gente estreou na semana passada, o programa está lindo com o Danilo Luiz do Flamengo e o jornalista Tiago Rogero, vale a pena conferir.
Sobre as mídias sociais, o momento da comunicação… Eu acho que é um momento que tem muito surgindo, tem muito aparecendo. E eu digo: muita produção vindo à tona, e isso pode ser muito interessante. Eu acho que é ainda um momento de cuidado, e que é algo que a gente tem que ter sempre essa preocupação. Porque, assim, informação é algo muito sério. A comunicação é muito séria. Ela pode ser muito divertida, mas ela sempre tem que trazer uma responsabilidade, sabe? Então, acho que a gente ainda tá ali, entendendo o que está acontecendo. Eu acho que a gente precisa realmente ter uma forma de garantir que haja responsabilidade no processo de comunicação.
E, ao mesmo tempo, é muito legal ver as novas formas de se comunicar e as pessoas criando formatos. Isso é muito rico e interessante. Acho que tá todo mundo aprendendo outras formas de fazer comunicação. Não existe uma só“
Carol Barcellos e o Vasco
Por sua vez, nas redes sociais, Carol Barcellos já postou algumas imagens com a camisa do Vasco da Gama, e a torcida do Cruz-Maltino ficou em euforia ao saber que a jornalista é torcedora do clube. Aqui, em tom descontraído, ela fala sobre isso e que quem trabalhava lado a lado sempre soube do seu lado vascaíno. E se acompanha o time durante a temporada atual.

R: “Eu nunca escondi. Quem convivia comigo e todo mundo que perguntava quando eu tava trabalhando, eu sempre falei meu time. Eu sou vascaína por causa da minha amiga de infância, a Érika Guimarães. A família dela toda é vascaína. Os meus pais nunca tiveram muita relação com futebol, então a minha relação com futebol tem muito a ver com a casa dela, sabe? Era onde eu assistia, então vem daí. Eu consegui ir à estreia no Carioca, eu fui em São Januário, mas os outros eu não consegui, porque, enfim, trabalhando, né? Durante o estadual eu tava fazendo o Paulista, então eu tava direto em São Paulo, e agora, em meio de uma viagem e na outra também. Então, tenho acompanhado, mas tenho acompanhado de casa.
E eu fiquei feliz com a reação da torcida, com as mensagens que eu recebi no dia em que coloquei uma foto de camisa. E foi muito legal. Fiquei surpresa, na verdade, porque eu achei que muita gente ia desconfiar, sabe? Qual era o meu time. Até porque a gente tem contato toda hora, trabalhando, tá na rua, e as pessoas perguntam, e eu sempre falei. Mas eu me senti muito acolhida pela torcida. Isso foi muito legal”, concluiu Carol Barcellos ao R10Score News.
Veja mais sobre Carol Barcellos
https://reierainhadomar.com.br/blog
https://www.instagram.com/carolbarcellos
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