Enquanto a 777 Partners enfrenta processos em várias partes do mundo e liquidando seus ativos, o Vasco e a A-CAP, a seguradora que passou a controlar a empresa norte-americana, buscam um novo investidor para o clube carioca.
Na última segunda-feira, o site norueguês “Josimar Football” trouxe novas informações sobre a 777, que está em processo de falência. A A-CAP não está apenas vendendo os clubes da empresa, mas também bens que vão desde um iate até um jato particular. Em um acordo com a seguradora, o Vasco suspendeu por 90 dias a ação judicial movida contra a 777.
Essa suspensão termina no final deste mês, mas pode ser prorrogada, e atualmente a expectativa é que isso aconteça. As partes têm mantido uma boa relação na busca por soluções para a SAF vascaína, e a A-CAP também demonstra interesse na revenda, visando reduzir os prejuízos provenientes da empresa fundada por Josh Wander e Steven Pasko.
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Esse período de suspensão tem sido utilizado para negociações com investidores e reuniões entre todas as partes. A ideia inicial era resolver a venda do Vasco durante esse intervalo. Até agora, houve conversas com potenciais interessados, mas nenhuma proposta foi apresentada à A-CAP. Pessoas próximas ao clube acreditam que a situação só será solucionada no próximo ano.
Além da paralisação na Justiça, as partes também solicitaram a suspensão da arbitragem na câmara da FGV pelo mesmo período. O receio da A-CAP é que a participação da 777 na SAF vascaína seja reduzida a zero, ou seja, que a Justiça conceda vitória ao Vasco sem que o grupo americano recupere o investimento já realizado. A seguradora estaria disposta a aceitar ofertas mais baixas.
Saúde financeira do Vasco preocupa
A situação financeira do Vasco continua complicada, e o início de 2025 gera preocupações, especialmente com a possibilidade de um transfer ban da FIFA devido ao não pagamento de jogadores, além da escassez de recursos no primeiro trimestre, que coincide com o Campeonato Carioca. Para tentar equilibrar as contas, a diretoria vascaína está buscando alternativas, como antecipações financeiras.
Uma dessas medidas foi o recebimento de uma parcela de pouco mais de R$ 40 milhões pela venda de Marlon Gomes. Além disso, o clube garantiu uma verba significativa pelo avanço na Copa do Brasil. Até as semifinais, um marco inédito em 13 anos, o Vasco já arrecadou R$ 22,85 milhões pela sua participação na competição nacional de 2024.
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