A política do Vasco da Gama é um tema que parece não ter fim, e a questão da SAF, juntamente com a venda para a 777 Partners, é um dos principais pontos de discussão. Nesse contexto, o presidente Pedrinho cobrou diretamente seis pessoas para se explicarem em uma investigação sobre a negociação da SAF com a empresa americana, ocorrida entre os anos de 2022 e 2023.
Alinhado ao presidente, o vice-presidente do Vasco, Felipe Carregal, fez duras críticas à due diligence realizada pela KPMG, consultoria responsável por intermediar a venda da SAF à 777 Partners. As declarações foram divulgadas exclusivamente na Vasco TV, no YouTube.
“A gente teve conhecimento de um documento da 777 Partners datado de setembro de 2022. Esse balanço é do mês de concretização do negócio. Consta expressamente que o prejuízo operacional da 777, em setembro de 2022, era de mais de R$ 1 bilhão. Além disso, o documento aponta que a 777 tinha dívidas superiores à soma de seus ativos. Ou seja, em setembro de 2022, a 777 estava tecnicamente insolvente. Mas esse documento não foi revelado ou encontrado na época da concretização do negócio. Por quê? Ninguém viu? Ninguém teve o cuidado de pedir o balanço daquele mês?”, questionou o VP.
Felipe também levantou suspeitas sobre o trabalho realizado pela consultoria no Vasco
“Cadê a empresa que foi contratada justamente para fazer a due diligence da 777? Não viu? Foi remunerada para isso. Pior ainda, no relatório apresentado por essa empresa consta a seguinte frase: ‘Maiores informações sobre a situação financeira da 777 não foram encontradas em buscas online.’ Ou seja, pelo que entendi, essa empresa foi contratada e realizou buscas no Google para avaliar a situação financeira da 777. Que tipo de trabalho é esse? Que due diligence é essa?
Mas não é só isso. Essa mesma empresa, contratada para avaliar a 777, era também quem receberia uma comissão em caso de venda para a 777. Isso configura um conflito de interesses e é um grave erro de procedimento. Todas essas questões estão sendo investigadas pelo Conselho Deliberativo do clube, que é o órgão competente para tal. Vamos aguardar os desdobramentos dessa investigação. É uma situação inusitada. A venda foi feita de forma apressada, sem o devido cuidado, considerando o tamanho da operação e as partes envolvidas”, alertou Felipe.
A Vasco TV, em busca de esclarecer dúvidas dos torcedores, solicitou o envio de vídeos de até 30 segundos com perguntas sobre o tema. Ao final, Felipe respondeu a uma dessas questões.
“A destinação dos valores relacionados à venda de jogadores foi a mesma que a dos aportes: cobrir o altíssimo custo operacional da Vasco SAF. Um custo operacional que, infelizmente, não trouxe retorno esportivo ou financeiro para a SAF”, concluiu o VP.
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