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Lenda do basquete, Wlamir Marques morre aos 87 anos e deixa legado histórico no esporte brasileiro

Lenda do basquete, Wlamir Marques morre aos 87 anos e deixa legado histórico no esporte brasileiro Lenda do basquete, Wlamir Marques morre aos 87 anos e deixa legado histórico no esporte brasileiro
Foto: reprodução

O basquete brasileiro perdeu nesta terça-feira (18) um de seus maiores ídolos: Wlamir Marques faleceu aos 87 anos, deixando um legado inesquecível como jogador, treinador e comentarista.

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Conhecido como “Diabo Loiro” por sua intensidade e talento em quadra, Wlamir foi um dos pilares da chamada “geração de ouro” do basquete nacional, colecionando títulos e conquistas que colocaram o Brasil no topo do cenário mundial.

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Pela seleção brasileira, Wlamir Marques foi protagonista nas maiores conquistas da história do basquete do país. Bicampeão mundial em 1959, no Chile, e em 1963, no Rio de Janeiro, o ala também ajudou a seleção a conquistar duas medalhas de prata em Mundiais — em 1954 (Rio) e 1970 (Iugoslávia) — além de dois bronzes olímpicos, em Roma-1960 e Tóquio-1964. Seu currículo inclui ainda uma prata e dois bronzes em Jogos Pan-Americanos, além do tetracampeonato Sul-Americano (1958, 1960, 1961 e 1963).

Tanta grandeza rendeu a Wlamir um lugar no Hall da Fama da FIBA (Federação Internacional de Basquete), honraria recebida em agosto de 2023, durante cerimônia realizada nas Filipinas, coroando uma carreira brilhante e referência para gerações de atletas.

Ídolo no Corinthians e lenda nos clubes

No futebol, o Corinthians tem Pelé como adversário. No basquete, teve Wlamir como símbolo. Ídolo do clube paulista, ele defendeu o Timão entre 1962 e 1972, período em que empilhou troféus. Foram três títulos Sul-Americanos (1965, 1966 e 1969), três Brasileiros (1965, 1966 e 1969), cinco Paulistas (1964, 1965, 1966, 1968 e 1969) e sete Paulistanos (1964 a 1970).

Uma de suas atuações mais lendárias ocorreu em 1965, no Parque São Jorge, quando marcou 51 pontos na vitória do Corinthians por 118 a 109 sobre o Real Madrid, então campeão europeu — e tudo isso enquanto jogava gripado e com um dos olhos praticamente fechado.

Pela importância histórica, Wlamir foi homenageado em novembro de 2023 com um busto na sede do clube — tornando-se o primeiro atleta de basquete a receber tal honraria no Timão. O ginásio poliesportivo do Parque São Jorge também leva seu nome, eternizando sua presença no clube que ajudou a engrandecer.

Antes de brilhar no Corinthians, o “Diabo Loiro” se destacou pelo XV de Piracicaba, onde foi bicampeão paulista (1957 e 1960) e conquistou cinco títulos do Campeonato Paulista do Interior.

Treinador vitorioso e voz marcante da televisão

Após pendurar as chuteiras, Wlamir Marques iniciou uma bem-sucedida carreira como treinador, dirigindo tanto equipes masculinas quanto femininas, incluindo o próprio Corinthians. Como técnico, também deixou sua marca: foi tricampeão paulista no feminino e ainda levou um título estadual no masculino.

Além das quadras, Wlamir também se destacou nos microfones. Durante décadas, emprestou seu conhecimento e carisma à televisão, atuando como comentarista esportivo em emissoras como Globo, Rede Manchete e, especialmente, ESPN, onde construiu uma longa e respeitada trajetória.

Wlamir Marques deixa uma marca indelével no basquete e no esporte brasileiro. Seu talento, dedicação e paixão pela modalidade inspiraram gerações e seguem vivos na memória de fãs, atletas e profissionais que tiveram o privilégio de vê-lo em ação ou ouvir suas análises. O “Diabo Loiro” se despede como um dos maiores de todos os tempos — no Brasil e no mundo.

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