Autor do primeiro gol da Seleção Brasileira na derrota por 3 a 2 para o Japão, nesta terça-feira (14), em Tóquio, o lateral-direito Paulo Henrique, do Vasco da Gama, vive uma das fases mais marcantes de sua carreira.
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Em sua primeira convocação para a Seleção, o jogador de 29 anos foi chamado de última hora para substituir Wesley, da Roma, cortado por lesão.
Da base do Londrina à Seleção Brasileira
A trajetória de Paulo Henrique é um retrato de superação e perseverança. Revelado pelo Londrina, o lateral passou por clubes modestos do Paraná, como Iraty, Operário e União Beltrão, antes de tentar a sorte no futebol catarinense, em 2018.
Contratado pelo Metropolitano, teve destaque, mas viveu um momento difícil ao ser reprovado nos exames médicos do Tubarão-SC devido a uma pubalgia.
Recuperado meses depois, voltou ao clube e ajudou o time a chegar à semifinal da Copa Santa Catarina, sendo eliminado pelo Brusque. A partir daí, iniciou uma escalada constante: Paraná, Juventude, Atlético-MG e, por fim, o Vasco da Gama, onde se firmou como titular e já ultrapassou a marca de 100 jogos com a camisa cruz-maltina.
Gol histórico para o Vasco
Com o gol diante do Japão, Paulo Henrique encerrou um jejum de mais de 13 anos sem que um jogador do Vasco marcasse pela Seleção Brasileira. O último havia sido Rômulo, em 2012, em amistoso contra a Argentina, nos Estados Unidos.
Aos 25 minutos do primeiro tempo, o lateral aproveitou um belo passe de Bruno Guimarães, invadiu a área e bateu de trivela, de primeira, abrindo o placar para o Brasil.
“Foi um momento incrível. Passam inúmeras coisas na cabeça — tudo que vivi e construí para chegar até aqui. É muita emoção. Claro que queria a vitória, mas fico feliz pelo gol e pela oportunidade”, disse o jogador após a partida.
Disputa por vaga na lateral-direita
Mesmo com a derrota, Paulo Henrique volta ao Vasco valorizado. Convocado na vaga de Wesley, ele se tornou o décimo lateral-direito testado por Carlo Ancelotti desde a Copa do Mundo de 2022.
Antes de ser titular contra o Japão, o vascaíno já havia estreado na vitória por 5 a 0 sobre a Coreia do Sul, entrando no segundo tempo.
“Tive a oportunidade e creio que aproveitei. Dei meu máximo e fiz tudo que podia durante o tempo que vesti a camisa da Seleção. Agora é com o Mister. Tenho concorrentes de altíssimo nível, e quem ganha com isso é a Seleção”, avaliou o lateral.
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