O atacante Vini Jr estará de volta ao Metropolitano neste domingo, gerando preocupações sobre possíveis atos de racismo por parte da torcida do Atlético de Madrid.
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A La Liga assegurou que adotará uma postura de tolerância zero em relação a esse tipo de comportamento, tanto dentro quanto fora do estádio, e destacou que um sistema de segurança rigoroso estará em vigor.
Embora não tenha divulgado a quantidade exata de câmeras ou de pessoas envolvidas, a liga espanhola enfatizou que o Metropolitano, lar do Atlético, conta com um “sistema de segurança rigoroso”, complementado por profissionais estrategicamente posicionados para garantir a cobertura total da área.
Além disso, o evento contará com uma equipe dedicada exclusivamente ao monitoramento de possíveis incidentes, tanto dentro quanto fora do estádio. Posteriormente, a La Liga divulgou um comunicado informando que irá denunciar e solicitar a prisão dos indivíduos envolvidos na ideia de usar máscaras contra Vini Jr.
Veja o posicionamento de La Liga sobre o caso do Vini Jr
“A La Liga informa que denunciará formalmente e solicitará a detenção imediata dos instigadores de uma campanha de ódio que busca promover atos racistas e vexatórios no próximo jogo entre Atlético de Madrid e Real Madrid, programado para o dia 29 de setembro de 2024, às 16:00h (de Brasília). A referida campanha constitui um crime de incitação ao ódio, claramente tipificado no Código Penal. A La Liga condena energicamente essas ações que fomentam, promovem e incitam, direta ou indiretamente, o ódio contra uma pessoa determinada, neste caso o jogador Vini Jr, por conta de sua raça, com a concorrência, ainda, das circunstâncias agravantes dos parágrafos 3 e 4 do art. 510 do Código Penal, “por resultar os fatos aptos a alterar a paz pública”. A La Liga não tolerará em nenhuma circunstância esse tipo de comportamento. Esses atos não só prejudicam a imagem do esporte e do país, como também representam uma ameaça direta à integridade e ao bem-estar de todos os torcedores”.
A liga espanhola tem colaborado com os clubes, capacitando jogadores e comissões técnicas, além de implementar campanhas de conscientização voltadas para torcedores e o público em geral. No ano passado, foi lançada uma plataforma dedicada a denúncias de discriminação racial.
Casos desse tipo são reportados à Real Federação de Futebol da Espanha (RFEF), à Comissão Estatal contra Violência, Racismo e Xenofobia do Ministério do Esporte, e ao Ministério Público de cada província espanhola. A liga espanhola afirma não ter autoridade para sancionar clubes, torcedores ou jogadores por esse tipo de conduta.
Neste ano, três torcedores do Valencia foram condenados a oito meses de prisão por ataques racistas a Vini Jr, ocorridos em maio de 2023 no estádio Mestalla. Recentemente, um torcedor do Mallorca também foi sentenciado a um ano de detenção por injúrias racistas contra o brasileiro.
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