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Verón alfineta premiações do Futebol Argentino e compara com milhões do Flamengo na Copa do Brasil

Time do Flamengo com a taça / Foto: Gilvan de Souza / CRF

Juan Sebastián Verón, ídolo do futebol argentino e atual presidente do Estudiantes de La Plata, reacendeu o debate sobre a disparidade de premiações no futebol sul-americano. Após o título do Flamengo na Copa do Brasil, Verón usou suas redes sociais para alfinetar a Associação de Futebol Argentina (AFA), destacando a discrepância entre os prêmios concedidos na Argentina e o valor milionário que o clube brasileiro embolsará pela conquista.

Veja também: Gabigol receberá no Cruzeiro maior salário do futebol brasileiro; confira valores

Em um repost no Instagram, Verón destacou o montante destinado ao Flamengo após vencer o Atlético-MG na final, o qual ultrapassa os R$ 93 milhões, enquanto no futebol argentino os valores são muito mais modestos.

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“E aqui (na Argentina), entre o Torneio dos Campeões do Mundo e a Copa da Argentina, não dá nem para cobrir os ônibus dos torcedores… mas o clube pertence aos sócios”, ironizou Verón, deixando claro seu descontentamento com o que considera uma falta de valorização do futebol local.

O contraste nas premiações: Flamengo x Estudiantes

O Flamengo, campeão da Copa do Brasil, vai receber R$ 93,1 milhões, com R$ 73,5 milhões referentes ao título e R$ 19,6 milhões acumulados nas fases anteriores. A competição também teve um aumento de 5% no valor das premiações em relação ao ano anterior. Durante sua trajetória no torneio, o clube arrecadou milhões em cada fase: R$ 2,2 milhões na terceira fase, R$ 3,4 milhões nas oitavas, R$ 4,5 milhões nas quartas de final e R$ 9,4 milhões na semifinal.

Em contraste, o Estudiantes de La Plata, último campeão da Copa da Liga Argentina, recebeu apenas 500 mil dólares (cerca de R$ 2,9 milhões) em premiação. Ainda que a Conmebol tenha destinado 70% da receita de bilheteria da final ao clube, o valor é significativamente menor em relação ao prêmio obtido pelo Flamengo. Além disso, a Copa da Argentina, atualmente em sua fase semifinal, pagará ao campeão cerca de 171 milhões de pesos, o equivalente a pouco mais de R$ 985 mil. Esse valor é inferior ao prêmio pago a um clube brasileiro que alcança a terceira fase da Copa do Brasil.

Desafios e a realidade econômica no futebol argentino

A comparação feita por Verón não só destaca as diferenças entre os valores das premiações, mas também evidencia o desafio financeiro enfrentado pelos clubes argentinos em um mercado esportivo globalizado. Enquanto clubes brasileiros, como o Flamengo, conseguem financiar reforços e melhorar suas infraestruturas com os prêmios milionários, as equipes argentinas ficam limitadas, tendo que buscar alternativas para manter a competitividade, inclusive no cenário internacional.

Para Verón, essas disparidades minam a competitividade e prejudicam o desenvolvimento do futebol argentino. Mesmo sendo uma das maiores potências do futebol mundial, a Argentina tem lutado para manter o equilíbrio financeiro entre clubes locais, e as premiações muito menores no país refletem uma economia mais restrita, ainda mais considerando as dificuldades econômicas enfrentadas pelo país.

Ao trazer essa comparação, Verón toca em um ponto sensível, que pode colocar em pauta mudanças na estrutura do futebol argentino.

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