A Fifa, entidade que regula o futebol mundial, afirma ter um plano para acabar com a prática de “cera” realizada pelos goleiros. A proposta consiste, teoricamente, na marcação de um escanteio caso o goleiro ultrapasse o tempo permitido com a bola sob seu controle.
Os testes dessa nova regra estão sendo realizados no Sub-21 da Premier League e agora avançam para o Sub-20 do Campeonato Italiano, ambos na Europa. Atualmente, a regra oficial prevê a marcação de um tiro livre indireto (que não pode ser chutado diretamente ao gol) caso o goleiro demore excessivamente para repor a bola. No entanto, essa regra raramente é aplicada, especialmente no Brasil. Com a mudança proposta, a Fifa busca intensificar as medidas para evitar a cera.
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“Os dados que temos até agora são muito interessantes. Os casos de escanteios marcados são praticamente inexistentes, o que indica que a regra está atingindo seu objetivo neste momento, acelerando a reposição da bola pelos goleiros e tornando o jogo mais dinâmico”, afirmou Patrick Nelson, presidente-executivo da Federação Irlandesa de Futebol e membro do conselho da International FA Board (Ifab), em um relatório divulgado pela Fifa.
Confira resultado dos testes da FIFA
Os testes estão em andamento não apenas na base da Premier League, mas também na liga de Malta. No Mediterrâneo, por exemplo, os goleiros seguraram a bola 796 vezes durante os jogos, sem ultrapassar o limite de oito segundos em nenhuma ocasião. Na Itália, no entanto, os testes contarão com uma variação da regra: em vez de escanteios, serão marcados laterais.
“A ira de qualquer treinador e goleiro que ceda um escanteio ou lateral que resulte em gol certamente significará que esse erro não será repetido. Continuamos a discutir isso. Estamos todos conscientes de que a tecnologia removeu a margem de dúvida que antes existia. Concordamos que seria positivo se os gols não fossem anulados por detalhes mínimos, como uma unha fora de posição. Esse teste faz parte de uma análise mais ampla para lidar com os desafios e aprimorar o jogo”, concluiu David Elleray, diretor técnico do Ifab.
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