O técnico Carlo Ancelotti, atualmente no comando da seleção brasileira, foi condenado nesta quarta-feira (10) a um ano de prisão por fraude fiscal cometida durante sua passagem pelo Real Madrid, em 2014.
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A decisão foi proferida pelo Tribunal de Madri, que também impôs ao treinador uma multa no valor de 386 mil euros (cerca de R$ 2,4 milhões) e a suspensão de seus direitos de acesso a subsídios públicos e benefícios fiscais ou previdenciários por um período de três anos.
Apesar da sentença, Ancelotti não deverá cumprir pena em regime fechado. Como não possui antecedentes criminais e as dívidas fiscais já foram quitadas — com o auxílio do próprio Real Madrid —, o técnico se enquadra nas condições que permitem a substituição da pena de prisão por outras medidas alternativas, conforme a legislação espanhola.
Absolvição parcial e detalhes do caso
O Ministério Público espanhol havia denunciado Ancelotti por supostas fraudes fiscais nos exercícios de 2014 e 2015. Segundo a acusação, o italiano teria omitido receitas relacionadas a direitos de imagem, causando prejuízo ao Tesouro espanhol. As cifras atribuídas à fraude foram estimadas em R$ 2,3 milhões (2014) e R$ 4,1 milhões (2015).
No entanto, o tribunal absolveu o treinador das acusações referentes a 2015, condenando-o apenas pelo ano anterior. Inicialmente, o MP chegou a solicitar uma pena de quase cinco anos de prisão.
Ancelotti negou má-fé durante julgamento
O julgamento aconteceu nos dias 2 e 3 de abril deste ano, quando Ancelotti ainda era treinador do Real Madrid. Na ocasião, o técnico se defendeu dizendo que não teve a intenção de fraudar o fisco e que confiava plenamente nos profissionais responsáveis pela gestão de seus contratos e tributos.
“Eu só estava preocupado em receber o salário líquido de seis milhões por três anos e nunca percebi que algo estava errado, nem recebi nenhuma notificação de que o Ministério Público estava me investigando” — declarou o italiano no tribunal.
Situação não afeta vínculo com a Seleção Brasileira
Apesar da condenação, o episódio não interfere no atual contrato de Ancelotti com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O treinador está à frente da seleção canarinho e deve comandar o Brasil na Copa do Mundo de 2026, nos Estados Unidos, Canadá e México.
Internamente, a entidade acompanha o caso, mas considera a situação resolvida, uma vez que não haverá cumprimento de pena em regime fechado e o técnico já quitou suas pendências com a justiça espanhola.
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