Um grupo de jogadores do futebol brasileiro iniciou um movimento contra o uso de gramados sintéticos no país. Grandes nomes do esporte, como Neymar, Thiago Silva, Philippe Coutinho, Lucas Moura, Alan Patrick e Gabigol, utilizaram suas redes sociais nesta terça-feira para protestar contra o uso do piso artificial em competições nacionais.
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No manifesto, os atletas demonstraram insatisfação com os rumos do futebol brasileiro e cobraram maior participação dos jogadores nas decisões sobre a estrutura dos estádios.
A publicação, compartilhada por vários profissionais, trouxe um slogan direto: “Juntos pelo espetáculo. Futebol é natural, não sintético.”
O comunicado dos jogadores
O texto publicado nas redes sociais critica a presença dos gramados artificiais e sugere que o investimento na melhoria dos campos naturais seja a solução. Confira a íntegra do comunicado:
“Preocupante ver o rumo que o futebol brasileiro está tomando. É um absurdo a gente ter que discutir gramado sintético em nossos campos.
Objetivamente, com o tamanho e representatividade que tem o nosso futebol, isso não deveria nem ser uma opção. A solução para um gramado ruim é fazer um gramado bom, simples assim.
Nas ligas mais respeitadas do mundo, os jogadores são ouvidos e investimentos são feitos para assegurar a qualidade do gramado nos estádios. Trata-se de oferecer qualidade para quem joga e assiste.
Se o Brasil deseja definitivamente estar inserido como protagonista no mercado do futebol mundial, a primeira medida deveria ser exigir qualidade do piso que os atletas jogam e treinam.
FUTEBOL PROFISSIONAL NÃO SE JOGA EM GRAMADO SINTÉTICO!”
Imagem publicada pelos jogadores:
O que diz a regra sobre os gramados sintéticos?
Atualmente, os gramados sintéticos são permitidos no Brasil, conforme o regulamento da CBF. No ano passado, os clubes aprovaram mudanças nas regras para a utilização desse tipo de piso no Campeonato Brasileiro. Uma das principais exigências estabelecidas foi a liberação do campo para que o time visitante possa treinar no local um dia antes da partida.
Entretanto, essa obrigatoriedade vale apenas para o Brasileirão, não se estendendo a outras competições organizadas pela CBF, como a Copa do Brasil.
Debate em aberto
A discussão sobre os gramados sintéticos no Brasil não é nova. Enquanto alguns clubes defendem sua utilização por questões de manutenção e desempenho, jogadores e especialistas apontam desvantagens, como o impacto físico sobre os atletas e a diferença na dinâmica do jogo em relação ao gramado natural.
Com a manifestação dos jogadores, o debate promete ganhar ainda mais força nos bastidores do futebol brasileiro, pressionando a CBF e os clubes a reverem o uso do gramado sintético no país.
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