A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, se manifestou nesta sexta-feira sobre os ataques racistas sofridos pelo atacante Luighi e pela equipe alviverde durante a Libertadores Sub-20, no Paraguai.
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Revoltada com o episódio, ela anunciou que o clube pedirá à Conmebol a exclusão do Cerro Porteño da competição e criticou duramente a postura da arbitragem, que não interrompeu a partida após a agressão.
“O árbitro não cumpriu com uma determinação da Fifa. Vamos requisitar a exclusão do Cerro Porteño da competição, porque não é a primeira vez que esse clube ataca nossos atletas e nossos torcedores”, afirmou Leila, lembrando episódios anteriores de racismo envolvendo o time paraguaio.
Histórico de ataques racistas
Leila mencionou casos ocorridos em 2022 e 2023, quando torcedores do Cerro Porteño imitaram macacos em direção à torcida palmeirense. No ano passado, jogadores do Palmeiras também foram alvo de insultos racistas, e Bruno Tabata, ao reagir, acabou suspenso por quatro meses – punição que o clube não conseguiu reverter.
Os advogados do Palmeiras, em parceria com a CBF, estão avaliando quais medidas cabíveis podem ser tomadas. Ainda não está definido se a solicitação de exclusão do Cerro valerá apenas para a Libertadores Sub-20 ou para todas as competições organizadas pela Conmebol.
Leila também revelou que tentou contato com Alejandro Domínguez, presidente da entidade sul-americana, mas não obteve resposta. “A Conmebol está sendo muito displicente em relação a esses fatos”, criticou a dirigente.
A reação de Luighi e o apoio do futebol brasileiro
O episódio ocorreu na noite de quinta-feira, quando um torcedor do Cerro Porteño imitou um macaco em direção a Luighi, além de integrantes da torcida adversária cuspirem no atacante.
Visivelmente abalado, o jogador deixou o campo chorando e desabafou na saída da partida ao ser questionado sobre o jogo, sem que o repórter mencionasse a agressão racista.
“Não, não. É sério isso? Vocês não vão me perguntar sobre o ato de racismo que ocorreu hoje comigo? É sério? Até quando vamos passar por isso? Me fala, até quando? O que fizeram comigo é crime, não vai perguntar sobre isso? Vai me perguntar sobre o jogo? A Conmebol vai fazer o quê sobre isso? Ou a CBF, sei lá”, disse Luighi, indignado.
Nas redes sociais, o Palmeiras garantiu que irá até as últimas instâncias para buscar punição ao responsável pelo ataque. Jogadores do elenco profissional do clube, como Marcos Rocha, Weverton e Allan Elias, manifestaram apoio ao jovem atacante, assim como outros times brasileiros, incluindo rivais como Corinthians e São Paulo.
Fora do Brasil, atletas de diferentes clubes e ex-jogadores também se solidarizaram com Luighi. Rony (Atlético-MG), Dudu (Cruzeiro), Oscar (São Paulo) e Felipe Melo deixaram mensagens de apoio, assim como Richarlison (Tottenham) e Vinicius Jr. (Real Madrid), este último uma das maiores vozes na luta contra o racismo no futebol.
A Conmebol afirmou que medidas disciplinares serão aplicadas e que outras ações estão sendo avaliadas com especialistas. Já a CBF garantiu que irá cobrar da entidade sul-americana “rigor nas punições”.
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