O Cruzeiro vive dias difíceis em seu início de temporada. Após a derrota por 2 a 1 para o Mushuc Runa, do Equador, pela segunda rodada da Copa Sul-Americana, o técnico Leonardo Jardim foi à entrevista coletiva para desabafar sobre o momento do time.
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O treinador assumiu a responsabilidade pelo desempenho da equipe e lamentou os erros cometidos, principalmente no setor defensivo.
“Mais do que me justificar, é assumir a derrota como responsável técnico. Essa é a minha função quando a equipe não consegue produzir. Sofremos dois gols onde perdemos claramente os duelos” — afirmou o português.
Campanha fraca e sistema defensivo exposto
Com Leonardo Jardim, o Cruzeiro disputou sete partidas oficiais, somando apenas uma vitória — sobre o Mirassol. Além disso, empatou duas vezes com o América-MG e foi derrotado em quatro oportunidades: para Democrata-GV, Internacional, Unión e Mushuc Runa. O time sofreu 11 gols e marcou apenas seis.
“Os jogadores estavam marcados, mas o adversário venceu os duelos individuais. Não posso colocar dois jogadores para marcar cada adversário. Só se eu entrasse com 20 em campo” — ironizou Jardim, ao cobrar mais concentração e intensidade dos atletas nos confrontos físicos.
Críticas nos bastidores: Pedro Lourenço disparou contra contratações
O ambiente ficou ainda mais tenso com as declarações públicas de Pedro Lourenço, dono da SAF do Cruzeiro. O empresário admitiu que cobrou o CEO de futebol, Alexandre Mattos, e foi direto ao apontar falhas nas contratações feitas para a temporada.
“Erramos muito nas contratações. Erramos bastante. Não vou citar nomes porque é deselegante, mas erramos. Conversei com o Alexandre, e agora temos que errar menos. De preferência, não errar” — disse o gestor, que condiciona novos aportes financeiros a uma reestruturação do planejamento.
Jardim responde e reforça compromisso com o clube
Diante das falas de Pedro Lourenço, Leonardo Jardim demonstrou respeito, mas garantiu que o elenco e a comissão técnica não vão se esconder atrás das críticas da diretoria.
“O dono do clube pode dizer o que ele pretende, porque é o dono. Mas nós, profissionais, é que temos que mostrar uma outra postura. Ninguém vai se refugiar nas palavras do presidente. O elenco é bom, temos grandes jogadores, e é dentro de campo que temos que responder” — declarou.
Clima de cobrança e necessidade de resposta
Com um início irregular e sob forte pressão interna e externa, o Cruzeiro precisa reagir rapidamente. A próxima partida se tornou ainda mais crucial, não apenas para melhorar a campanha, mas para tentar reverter o clima de desconfiança que se instaurou entre diretoria, elenco e torcida.
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