Fernando Diniz é o novo técnico do Vasco da Gama para a sequência da temporada de 2025. O profissional sempre foi admirado pelo presidente Pedrinho, principalmente na época em que este era comentarista no Grupo Globo. Agora, ambos terão a oportunidade de trabalharem juntos em um momento complicado do time carioca.
Desse modo, o R10Score News conversou com o jornalista Leonardo Miranda, do Painel Tático, do portal ge. Aqui, relembramos uma frase de Pedrinho: “Quem não conseguir jogar com Diniz, não jogará com ninguém no futebol do Brasil.”
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Estilo de jogo de Fernando Diniz
R: “Eu acredito que todo jogador pode performar dentro de um modelo de jogo. Basta ele ser treinado, acompanhado de perto e estar disposto a atuar dessa forma. O modelo do Diniz é muito único porque envolve muito a bola no pé, que é algo que todo jogador gosta de ter. É um modelo que, ao mesmo tempo que é único, é também um pouco universal, porque tem menos correria e muito mais passe. Acho a afirmação válida, se bem interpretada.”
Por sua vez, o Vasco passa por um momento delicado, com muitos jogadores em baixa — especialmente aqueles nos quais o torcedor deposita grande expectativa, como o craque Coutinho. Aqui, Leonardo explica quem pode ganhar ou perder espaço sob o comando de Fernando Diniz:
“Os jogadores mais técnicos, como Tchê Tchê, Hugo Moura, Coutinho e Nuno Moreira, devem se adaptar muito bem. Não vejo o Vegetti com problemas — muito pelo contrário: Cano se deu bem com o Diniz no Fluminense porque colocava a bola para dentro e era esse ponto de equilíbrio no time. Talvez Jair, Paulo e Matheus Carvalho, por serem considerados mais defensivos, enfrentem alguma dificuldade. Mas o Diniz gosta de desenvolver jogadores para que eles possam atuar dentro desse estilo único e, ao mesmo tempo, muito universal.”
Diniz, aliás, é o típico caso de “8 ou 80”: quem gosta, é grande admirador de seu trabalho; quem critica, é um crítico ferrenho — especialmente em relação ao estilo de jogo. O jornalista analisa o que pode ocorrer no Vasco:
“Diniz já mostrou que pode se adaptar a alguns contextos. A questão é que ele demora… É um treinador muito autoral. Ele sempre privilegia o desempenho. E isso é um risco. Qual clube brasileiro hoje se dá ao luxo de priorizar desempenho? Os clubes precisam vencer. E, no fim das contas, o Diniz não é exatamente um treinador vitorioso. Ele precisará ser um pouco mais pragmático no Vasco — algo que não foi em sua primeira passagem.”
Como jogará o Vasco de Diniz?
Posse de bola, time ofensivo, intensidade. Como o Vasco pode atuar sob o comando de Fernando Diniz?
“Acho que é um elenco bem equilibrado, que precisa ter a bola e sabe jogar na velocidade do Rayan. Pela característica, é um time que rende melhor quando a posse passa pelos pés de Tchê Tchê, Nuno e Vegetti — pensando no Coutinho como a cereja do bolo, ainda que nem sempre esteja disponível. Entendo a crítica ao Carille, e o Diniz pode dar esse equilíbrio que vinha faltando.”
O Vasco está há sete jogos sem vencer. Diniz chega pressionado na Sul-Americana e no Brasileirão. Assim, Leonardo finaliza comentando como o grupo pode evoluir com a chegada do treinador:
“Totalmente. Toda vez que o Diniz chega, o time sobe de rendimento, e ele consegue de 3 a 5 jogos iniciais muito bons. O problema é a queda após essa sequência — especialmente no Brasileirão, quando os adversários costumam ser bem mais difíceis.”, concluiu ao R10Score News.
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