O presidente do Corinthians, Augusto Melo, reconheceu nesta segunda-feira (26) a derrota antes mesmo da votação do processo de impeachment que será realizado no clube paulista. Em pronunciamento, o dirigente afirmou que sai de cabeça erguida, mas prometeu lutar para retornar ao cargo.
Tudo ocorreu durante a reunião do Conselho Deliberativo. Enquanto o presidente falava com a imprensa, seu advogado ficou responsável por apresentar sua defesa. O dirigente está sendo alvo de um processo de impeachment, acusado de irregularidades no contrato de patrocínio com a VaideBet, infrações à Lei Geral do Esporte e desrespeito ao estatuto do clube. Ele, inclusive, foi indiciado pela Polícia Civil.
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“Não é renúncia, ao contrário. Não vou participar dessa palhaçada. Não estou renunciando, vou brigar para continuar aqui. Vai ter a votação, eles são maioria, não tenho dúvida de que ela será aprovada. Depois, haverá 60 dias para a realização da assembleia geral, e vamos lutar pelo Corinthians”, declarou o dirigente.
Mesmo demonstrando confiança de que pode permanecer no cargo, Augusto Melo parece compreender a gravidade da situação e adotou um tom de despedida:
“O jogo não acabou, mas saio de cabeça erguida. Deixo o Corinthians neste momento, por ora, com salários em dia há sete meses e com o planejamento de um ano que tinha tudo para dar certo. Saio deixando um contrato com a Multipark, no qual o clube se tornaria sócio. Deixo também o contrato pronto do nosso CT, incluindo o alojamento da base”, afirmou.
“Saio daqui muito feliz com o contrato firmado com a Adidas. Cumpri a minha parte: com todos esses contratos, deixo o clube com mais de R$ 3 bilhões em arrecadação. Espero que façam uma boa administração, pois o Corinthians está em um patamar de equacionamento das dívidas. Cumpri todas as minhas promessas. A auditoria, que todos exigiram, está feita e nas mãos do Conselho Fiscal. Espero que a torcida cobre isso. A minha parte, eu fiz”, concluiu.
Augusto Melo foi eleito no Corinthians em 2023
Eleito em 2023, Augusto Melo desbancou um grupo que manteve o poder por quase 20 anos no Corinthians. Agora, deve deixar o cargo pela porta dos fundos.
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