Carlo Ancelotti será o primeiro estrangeiro a comandar a Seleção Brasileira em quase seis décadas. Com chegada marcada para o fim de maio, o italiano assume o comando técnico da equipe pentacampeã do mundo trazendo um currículo invejável e um histórico de sucesso que atravessa gerações, clubes e fronteiras.
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Aos 65 anos, Ancelotti é um dos técnicos mais respeitados da história do futebol. Natural de Reggiolo, uma pequena cidade da região da Emília-Romanha, na Itália, o novo comandante do Brasil construiu sua carreira como um dos mais vencedores da elite europeia, acumulando títulos por onde passou e formando relações de respeito com grandes estrelas do esporte.
Início como jogador e transição para técnico
Antes de brilhar à beira do campo, Ancelotti foi um meio-campista de qualidade. Defendeu as cores da Roma e do Milan, conquistando dois Campeonatos Italianos, quatro Copas da Itália e duas Ligas dos Campeões da UEFA com o Milan — uma como jogador e outra como técnico, anos depois. Fez parte da seleção italiana nas Copas de 1986 e 1990.
Sua transição para a área técnica começou como auxiliar de Arrigo Sacchi na seleção italiana vice-campeã da Copa do Mundo de 1994. Pouco tempo depois, assumiu como treinador principal e, em 1995, iniciou sua trajetória nos bancos de reservas como técnico do Reggiana.
A consagração nos gigantes da Europa
O ponto de virada na carreira de Ancelotti veio quando assumiu o comando da Juventus, em 1999, e, logo em seguida, do Milan, onde viveu um dos períodos mais gloriosos. Entre 2001 e 2009, comandou o clube rossonero em duas conquistas da Liga dos Campeões (2002/03 e 2006/07), além de um Campeonato Italiano, uma Supercopa Europeia e um Mundial de Clubes da FIFA.
Depois do sucesso em Milão, Ancelotti passou por gigantes como Chelsea, Paris Saint-Germain, Bayern de Munique, Napoli e, sobretudo, o Real Madrid, onde consolidou sua posição entre os maiores da história.
Pelo clube merengue, teve duas passagens marcantes: a primeira entre 2013 e 2015, quando conquistou a tão sonhada La Décima – o 10º título europeu do Real –, e a segunda, entre 2021 e 2025, quando voltou a vencer a Liga dos Campeões, a La Liga e tornou-se o primeiro técnico da história a conquistar os cinco principais campeonatos nacionais da Europa: Itália, Inglaterra, França, Alemanha e Espanha.
Ao todo, Ancelotti soma quatro títulos da Liga dos Campeões como técnico – dois pelo Milan e dois pelo Real Madrid –, além de títulos domésticos por todos os clubes que comandou.
Chegada à Seleção Brasileira
Ancelotti foi procurado pela CBF ainda em 2023, mas à época optou por cumprir seu contrato com o Real Madrid. Agora, com a Copa do Mundo de 2026 no horizonte, aceitou o desafio de comandar a Seleção mais tradicional do planeta.
Com contrato até julho de 2026, o italiano chega com a missão de recolocar o Brasil entre os protagonistas do futebol mundial. Sua apresentação está marcada para o dia 26 de maio, quando também anunciará sua primeira convocação. O debute à frente da equipe acontecerá nas Eliminatórias, contra Equador (5 de junho) e Paraguai (10 de junho).
Uma nova era com mentalidade vencedora
Conhecido pelo estilo sereno, por sua capacidade de gestão de elenco e pela habilidade de adaptar esquemas ao talento de seus jogadores, Ancelotti desembarca na Seleção Brasileira como uma figura de autoridade e experiência internacional.
Para a CBF, sua contratação simboliza a aposta em um perfil vencedor, que une liderança e conhecimento tático com uma gestão moderna de grupo — ingredientes vistos como essenciais para devolver ao Brasil o protagonismo perdido nas últimas Copas.
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