Fábio Carille assume o Vasco para o ano de 2025 com várias missões, entre elas ajustar a defesa, alcançar resultados superiores aos conquistados na atual temporada e trabalhar em conjunto com o departamento de futebol para preencher as lacunas no elenco do Cruz-Maltino.
Desse modo, o R10 Score News conversou com o jornalista e Head de Conteúdo do Footure, Gabriel Mota. O profissional revelou detalhes de como imagina que o Vasco de Carille será nos aspectos ofensivos e defensivos no início do trabalho e também utilização da base.
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Gabriel: “Imagino que o grande impacto inicial será defensivamente. O Vasco que terminou o Campeonato Brasileiro era um time muito frágil, principalmente contra grandes adversários, que souberam aproveitar os espaços entre as linhas. Os times de Carille se preocupam bastante com a defesa da área e com a compactação das linhas, reduzindo consideravelmente o raio de ação dos adversários nessas zonas. Além disso, o trabalho dos extremos tende a proteger mais os lados do campo, já que o Vasco sofre com as deficiências defensivas de alguns de seus laterais“
“Pensando no ataque, imagino um Vasco mais organizado desde a saída de bola, já que, em boa parte do ano, o time utilizou o jogo direto e pouco a saída pelo chão. Carille preza por uma saída sustentada, com participação efetiva de 5 a 6 jogadores, e seus camisas 5 são os principais passadores dos seus times, dando ritmo à primeira fase de construção”
“Algo que me chama atenção é a utilização do camisa 10. Carille extraiu o melhor de Rodriguinho no Corinthians de 2017 e utilizou muito bem Giuliano em 2024. Vejo grande potencial de sucesso com Philippe Coutinho, já que é um jogador acostumado às associações, tanto com os volantes quanto com o camisa 9, funcionando como pivô. Para os lados, vejo a necessidade de buscar reforços no mercado, atendendo às demandas do novo treinador com pontas velozes que ofereçam profundidade ao ataque.”, destaca o jornalista
Aliás, com o anúncio de Carille, o Vasco também confirmou a contratação de Tchê Tchê, jogador que é volante de origem, mas conhecido por sua versatilidade. Ele chegou a atuar como lateral-direito no Botafogo. Gabriel analisou outros setores, além da defesa, que o novo técnico pode ajustar.
Gabriel: Imagino o Carille ajustando o time a partir da defesa. Porém, a defesa não se resume aos dois zagueiros e laterais. A escolha dos volantes é fundamental para a solidez almejada, e essa foi uma posição em que o Vasco enfrentou dificuldades para definir titulares em 2024, especialmente devido às lesões de Jair e Paulinho. Portanto, vejo os dois ganhando muito espaço e, consequentemente, jogadores como Hugo Moura e Mateus Carvalho devem perder protagonismo.
“Tchê Tchê, por exemplo, tende a ser uma alternativa direta a Paulinho, já que possuem características importantes em comum. Quem imagino que possa lutar por uma vaga no time é Juan Sforza, principalmente por sua capacidade técnica. No entanto, resta saber como será seu segundo ano no clube, após uma temporada de 2024 marcada por dificuldades de adaptação“, analisa o Heat de Contéudo.
Por fim, Gabriel analisou como Carille pode utilizar a base no Vasco da Gama. No Santos, o técnico não utilizou muitos jovens da base, mas, por outro lado, o jornalista lembrou que ele foi responsável por lançar Lucas Piton no Corinthians.
Gabriel: Essa questão da base é complicada. O Carille lançou Lucas Piton no Corinthians, por exemplo. Acredito que o contexto define esse tipo de escolha. É ruim não lançar jogadores, mas também é ruim imputar a eles uma responsabilidade desproporcional e prematura, como o próprio Vasco já fez em diversos momentos. Talvez o fato de Carille não ter utilizado tanto a base no Santos em 2024 esteja relacionado ao contexto da Série B e à pressão que enfrentava, não apenas por resultados, mas também pela performance, considerando que era a primeira Série B da história do clube do Pelé.
“Pensando nos nomes da base do Vasco, nenhum deles pediu passagem ainda. Talvez o que mais possa vislumbrar oportunidades seja o meia Estrella, que pode ser uma alternativa para a linha de três meias do 4-2-3-1 de Carille. Rayan, aparentemente, está em vias de ser vendido, mas tem grande potencial — talvez não como um ponta com obrigações defensivas. Já os demais, acredito que poderão ter papéis mais voltados à composição do elenco.”, finaliza o jornalista Gabriel Mota.
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Confira como deve jogar o Vasco de Carille em vídeo do Footure.
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