O Brasil foi derrotado pela Argentina pelo placar de 4 a 1, em uma de suas piores atuações em jogos de eliminatórias. Após a declaração de Raphinha sobre “fazer gols e dar porrada”, quem realmente sofreu foram os brasileiros, que amargaram uma goleada e a sensação de um nocaute ao final de mais uma Data Fifa.
No entanto, não se pode atribuir a culpa a Raphinha por uma fala dada em entrevista ao seu ídolo Romário, tampouco à atuação lamentável de alguns jogadores, tanto no aspecto coletivo quanto individual, como Bento e Arana. O problema do futebol brasileiro é estrutural: começa na CBF, cujas deficiências acabam refletindo em campo.
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Tite anunciou, em fevereiro de 2022, que deixaria a Seleção após a Copa do Mundo, realizada em novembro e dezembro do mesmo ano. O Brasil, no entanto, não buscou imediatamente um substituto adequado, apostando em Carlo Ancelotti, que não veio. Forçou-se então a permanência de Ramon Menezes, que sequer tinha resultados expressivos na equipe sub-20, além de dividir sua atenção com Fernando Diniz, que acumulava o comando do Fluminense.
Os resultados em campo foram evidentes: derrotas para Senegal e Marrocos em amistosos, empate em solo brasileiro contra a Venezuela e, pela primeira vez, uma derrota nas eliminatórias jogando em casa contra a Argentina. Houve uma nova troca no comando, com a entrada de Dorival Júnior, mas sem mudanças significativas em relação aos antecessores.
O Brasil segue sem comando, sem direção e, principalmente, sem um padrão de jogo. Convocações questionáveis, como a de Bento — goleiro reserva na maior parte do tempo na Arábia Saudita —, evidenciam a falta de critério. Enquanto isso, a CBF permanece sob a liderança de um presidente reeleito, sem projetos concretos ou debates voltados à melhoria do futebol nacional.
CBF teve a chance em ter Ronaldo
Houve a oportunidade de contar com Ronaldo no comando da CBF, mas os clubes se afastaram dele, inclusive seu antigo time, o Cruzeiro. O “Fenômeno” não conseguiu o apoio mínimo de quatro federações estaduais, necessário para participar da eleição.
O Brasil já foi o melhor do mundo no passado, mas hoje acumula derrotas e não demonstra saber como reverter essa situação. Ainda contamos com grandes jogadores, mas ninguém se destaca em meio a tanta desorganização.
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