Após um período de ascensão na temporada, o Vasco vive um momento de frustração e incertezas. O clube, que chegou a vislumbrar uma vaga na próxima edição da Libertadores, viu esse objetivo se desintegrar diante de um preocupante declínio de desempenho nos últimos dois meses.
O principal vilão dessa queda é a fragilidade defensiva: com 55 gols sofridos em 36 jogos, a equipe possui a segunda pior defesa do Campeonato Brasileiro.
O problema se agravou nas últimas rodadas. Em seis jogos, o Vasco foi vazado 14 vezes, incluindo o empate em 2 a 2 com o Atlético-GO no último sábado. Os números escancaram a falta de eficiência da diretoria na segunda janela de transferências: apesar de o reforço defensivo ter sido tratado como prioridade, nenhum zagueiro foi contratado.
Erros do Vasco na janela de transferências
Enquanto a diretoria buscava alternativas, seis jogadores foram contratados entre o meio-campo e o ataque. O único reforço com potencial de ajudar na marcação, o volante Souza, pouco foi utilizado e não rendeu o esperado nas vezes em que esteve em campo. Como resultado, a equipe sofreu gols em 15 dos 17 jogos do segundo turno, conseguindo segurar o placar apenas nas vitórias contra Fluminense (2 a 0) e Vitória (1 a 0).
A sequência negativa coloca o Vasco em alerta. Com apenas duas vitórias nos últimos dez jogos, a equipe somou três empates e amargou cinco derrotas. Nos últimos cinco confrontos, conquistou apenas um ponto. A ausência de reforços para a zaga obrigou o técnico interino Felipe a escalar João Victor e Léo como dupla titular, com Maicon como terceira opção. As categorias de base também foram acionadas, com Luiz Gustavo e Lyncon, ainda em recuperação de lesão, sendo alternativas no setor.
A caminho de 2025: reforços prioritários
Diante do cenário preocupante, a diretoria do Vasco já direciona o foco para a próxima temporada. A contratação de um zagueiro é tratada como prioridade para 2025, e os primeiros contatos no mercado já foram iniciados. Nomes que foram monitorados na janela de julho voltam ao radar. Um deles é Lucas Oliveira, atualmente emprestado pelo Cruzeiro ao Kyoto Sanga, do Japão.
Além dele, o Vasco também avaliou a possibilidade de contratar jogadores como Maurício Lemos (Atlético-MG), Rafael Tolói (Atalanta), Adryelson (ex-Lyon), Yerry Mina (Cagliari) e Luan Peres (ex-Fenerbahçe). A negociação mais avançada na ocasião foi com Ian Glavinovich, do Newell’s Old Boys, mas um atraso no envio da documentação frustrou o acordo com o clube argentino.
Agora, a diretoria trabalha com uma lista atualizada de possíveis reforços e avalia o perfil técnico e financeiro de cada atleta antes de abrir negociações. Com um elenco que mostrou fragilidades em setores críticos, o Vasco entende que precisa agir de forma assertiva para evitar repetir os mesmos erros em 2025.
Próximos compromissos
Nas duas últimas rodadas do Brasileirão, o Vasco ainda terá compromissos complicados: enfrenta o Atlético-MG em São Januário e encerra a campanha fora de casa contra o Cuiabá. Para Felipe, essas partidas podem servir como um laboratório final para testar novas alternativas defensivas, como o jovem Luiz Gustavo, que pode atuar pelo lado esquerdo.
A torcida, que alimentou o sonho de uma vaga na Libertadores, agora observa com apreensão a reta final da temporada, mas também com a esperança de que 2025 traga dias melhores e um elenco mais equilibrado, capaz de brigar por objetivos maiores.
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