Faleceu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, o Papa Francisco. Nascido Jorge Mario Bergoglio, o pontífice argentino conquistou o coração de milhões ao redor do mundo não apenas por sua atuação à frente da Igreja Católica, mas também por sua simplicidade, carisma e pela forte ligação com o esporte — especialmente o futebol.
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Natural de Buenos Aires, ele era torcedor fanático do San Lorenzo desde a infância. Sócio nº 88.235 do clube, Bergoglio acompanhou momentos históricos da equipe, como o título argentino de 1946, do qual afirmou não ter perdido uma partida sequer, aos 10 anos de idade.
Amor eterno pelo San Lorenzo e respeito pelo futebol brasileiro
Quando foi eleito Papa, em 2013, o San Lorenzo o homenageou entrando em campo com uma camisa especial com sua imagem e os dizeres “Papa Francisco, rezamos por Ti. Reza por nós”. Um ano depois, o clube conquistaria sua primeira Libertadores. Em retribuição, os jogadores viajaram até Roma para apresentar o troféu ao pontífice — momento marcante de sua trajetória como torcedor.
Em nota oficial, o San Lorenzo se despediu do Papa com emoção:
“Ele nunca foi mais um, sempre foi um dos nossos. Cuervo como um menino e como um homem. Cuervo também como Papa. […] De Jorge Mario Bergoglio a Francisco, uma coisa nunca mudou: seu amor pelo Ciclón”.
Francisco também nutria grande respeito pelo futebol brasileiro. Recebeu camisas da seleção em diversas ocasiões e surpreendeu ao ser questionado sobre quem era maior: Messi ou Maradona.
A resposta foi clara:
“Eu coloco um terceiro: Pelé. […] Para mim, desses três, o grande senhor é Pelé. Um homem de um coração…”.
O Papa ainda revelou, em entrevista à TV italiana RAI, que chegou a conversar com Pelé durante um voo a Buenos Aires:
“É um homem de uma humanidade muito grande”.
Papa Francisco: de torcedor a líder espiritual
Criado no bairro de Flores, onde o San Lorenzo tem sede até hoje, Bergoglio herdou o amor pelo clube do pai, Mario Giuseppe, um imigrante italiano que jogou basquete pela equipe e levava o filho aos jogos. A conexão com o Ciclón nunca se perdeu — nem mesmo depois da eleição ao posto mais alto da Igreja Católica.
Papa Francisco deixa um legado que ultrapassa as fronteiras da religião. Inspirou com sua fé, emocionou com sua humanidade e mostrou que é possível carregar as paixões da infância, como o futebol, mesmo vestindo a batina mais poderosa do mundo.
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