A Eagle Football Holdings, holding do empresário John Textor responsável pela gestão de clubes como Botafogo (Brasil) e Olympique Lyonnais (França), será formalmente notificada pelo governo do Reino Unido por iniciar um processo de remoção compulsória do registro comercial da empresa. O aviso já consta no sistema oficial britânico e deverá ser entregue nos próximos dez dias.
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Segundo a plataforma estatal, o documento em questão está em fase final de processamento e aponta o não cumprimento de obrigações legais básicas, como a publicação das demonstrações financeiras, cujo prazo expirou em 30 de junho de 2024, e a atualização da declaração de confirmação, cuja última versão registrada data de setembro de 2023.
Caso a remoção seja oficializada, Textor terá até três meses para recorrer e regularizar a situação da empresa. Se não houver resolução, a Eagle Football Holdings poderá ser dissolvida, e seus ativos ficarão sob controle do governo britânico, o que levanta preocupação quanto à estabilidade jurídica dos clubes geridos pelo grupo.
Lyon enfrenta entraves com a Federação Francesa
A crise documental da holding também se reflete em outros países. Na última sexta-feira (2), a Federação Francesa de Futebol (FFF) rejeitou a documentação apresentada pelo Lyon para obtenção da licença obrigatória para competições nacionais e internacionais. A informação foi publicada pelo jornal francês L’Équipe, que ainda revelou que o RWDM Molenbeek, clube de Textor na Bélgica, enfrentou problemas semelhantes, mas já solucionados. Com isso, o time belga está confirmado na primeira divisão nacional para a temporada 2025/26.
Segundo o L’Équipe, a FFF emitiu um alerta para clubes franceses em relação a uma possível exclusão do Lyon das competições europeias, caso as pendências não sejam sanadas. Atualmente, o time ocupa a sétima posição da Ligue 1, a uma colocação de distância da zona de classificação para a Liga Conferência da UEFA. Restam apenas duas rodadas para o fim do campeonato.
Lyon admite falha e promete resolver pendências
Em contato com o L’Équipe, o Lyon reconheceu as falhas na entrega dos documentos exigidos e garantiu que está tomando medidas para regularizar a situação em caso de classificação para torneios continentais:
“Devido a um desalinhamento interno em termos de processo e integralidade dos documentos que precisavam ser fornecidos, o Lyon confirma que nem todas as informações para a candidatura foram transmitidas à FFF. Essas questões estarão sujeitas a diversas medidas internas e um rigoroso processo de monitoramento foi implementado. Enviaremos prontamente todos os documentos e informações exigidos e permanecemos à disposição para a resolução completa desta questão”, declarou o clube francês.
Preocupação se espalha entre os clubes do grupo de Textor
Além de Lyon, Botafogo e MoLenbeek, a Eagle Football também tem vínculos com o Crystal Palace (Inglaterra), do qual Textor é acionista. Ainda não se sabe se a situação no Reino Unido afetará diretamente a gestão esportiva nos clubes, mas a falta de conformidade legal acende um alerta para investidores, torcedores e federações. O futuro da holding dependerá da capacidade de resposta rápida de seus gestores nos próximos meses.
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