Fábio Carille vive dias de tensão no comando técnico do Vasco. A goleada sofrida para o Corinthians por 3 a 0 no último sábado, em Itaquera, aumentou a pressão sobre o treinador, que agora encara uma semana decisiva à frente da equipe.
Os próximos dois compromissos, ambos em São Januário, podem definir o futuro do comandante no cargo.
Internamente, o desconforto cresceu principalmente pela maneira como o time se comportou nas últimas partidas. Na quarta-feira anterior, pela Copa Sul-Americana, o Vasco chegou a abrir 3 a 1 contra o Melgar, no Peru, mas recuou demais e permitiu o empate nos minutos finais. A postura passiva nos instantes decisivos gerou críticas dentro e fora do clube.
Elenco poupado e explicações na coletiva
Contra o Corinthians, Carille optou por escalar uma equipe alternativa, poupando boa parte dos titulares após a viagem desgastante à altitude de Arequipa. A delegação vascaína seguiu direto para São Paulo e teve apenas duas sessões de treinamento antes da partida na Neo Química Arena. Em entrevista coletiva, o treinador justificou a escolha e afirmou ter ouvido o departamento de futebol antes de tomar a decisão.
Mesmo com esse contexto, o desempenho pouco competitivo diante dos paulistas e a forma como o time foi dominado em campo agravaram o cenário. A torcida, que já vinha demonstrando certa insatisfação, aumentou o tom das críticas nas redes sociais e nos arredores de São Januário.
Balanço do trabalho ainda divide opiniões
Apesar do aumento da pressão, há um entendimento nos bastidores de que os números de Carille não são desastrosos. O Vasco foi semifinalista do Campeonato Carioca, avançou com tranquilidade na Copa do Brasil e estreou com vitória em casa no Campeonato Brasileiro. Ainda assim, o desempenho coletivo segue oscilando, e a falta de identidade clara preocupa parte da diretoria.
Dois jogos em casa para selar o destino de Carille
A semana será determinante. O Vasco recebe o Puerto Cabello, da Venezuela, nesta terça-feira, pela Copa Sul-Americana, e enfrenta o Sport no sábado, pela segunda rodada do Brasileirão.
Ambos os confrontos serão em São Januário, onde o time costuma ter o apoio massivo da torcida. Em tese, são jogos acessíveis — e por isso mesmo, qualquer resultado negativo pode custar caro ao treinador.
Fábio Carille sabe que precisa de respostas rápidas. O respaldo que ainda existe no departamento de futebol pode não resistir a novos tropeços. A pressão aumenta, e o técnico terá de provar em campo que pode seguir no comando cruzmaltino.
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