Em um esporte marcado por glórias, troféus e finais inesquecíveis, há também histórias de dor, frustração e ironia cruel. E poucas são tão emblemáticas quanto a vivida por Michael Ballack em 2002.
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Naquele ano, o meio-campista alemão foi protagonista absoluto — mas terminou todas as grandes competições com a medalha de prata no peito.
Quatro finais. Quatro vices.
Ballack era o coração do Bayer Leverkusen e da seleção alemã, e em ambas as equipes teve um desempenho impressionante. No entanto, 2002 ficou marcado não apenas pelo talento do camisa 13, mas pela inacreditável sequência de finais perdidas:
- Copa da Alemanha: derrota por 4 a 2 para o Schalke 04
- Campeonato Alemão: vice por apenas 1 ponto para o Borussia Dortmund
- Liga dos Campeões da UEFA: derrota por 2 a 1 para o Real Madrid, no famoso gol de voleio de Zidane
- Copa do Mundo: queda na final para o Brasil, por 2 a 0, com Ballack suspenso e fora do jogo decisivo
Quatro competições de peso, quatro segundos lugares. Um feito raro — e doloroso — que cravou 2002 como um dos anos mais trágicos (e curiosamente grandiosos) para um jogador de futebol.
O auge pessoal no meio do caos
Se o coletivo não coroou Ballack, o desempenho individual dele foi simplesmente extraordinário. Foram 27 gols marcados, seu ano mais artilheiro na carreira — algo raro para um meio-campista. Ele foi o maior goleador alemão de 2002, superando atacantes renomados e mostrando a importância que teve nas campanhas dos clubes e da seleção.
Sua influência em campo era tão grande que, na semifinal da Copa do Mundo contra a Coreia do Sul, ele marcou o gol da vitória, mesmo sabendo que estava suspenso para a final por acúmulo de cartões. Um gesto que resumiu o espírito de liderança e sacrifício do jogador.
Legado de um quase campeão
Apesar de 2002 não ter lhe rendido taças, Michael Ballack se consolidou como um dos grandes nomes do futebol alemão. O ano em que foi vice de tudo o transformou em símbolo de resiliência e reconhecimento — porque o futebol também consagra aqueles que não levantam troféus, mas deixam tudo em campo.
Ballack seguiu sua carreira com passagens marcantes pelo Bayern de Munique, Chelsea e pela seleção alemã, mas o fantasma de 2002 sempre o acompanhou — não como fracasso, mas como testemunho de um jogador que esteve entre os melhores do mundo, mesmo sem as glórias que outros conquistaram.
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